"Nunca desisti". Homem inocente libertado após mais de 30 anos preso

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Um homem de 52 anos, residente no Missouri, nos Estados Unidos, esteve preso durante mais de 30 anos por um crime de homicídio que não cometeu. Segundo a imprensa norte-americana, Christopher Dunn foi libertado na terça-feira, após um juiz ter anulado a sua decisão.

Dunn foi condenado pelo homicídio de Ricco Rogers, um adolescente de 15 de anos que foi morto a tiro quando estava sentado no alpendre de uma casa, a 18 de maio de 1990. Ao longo dos últimos 30 anos declarou-se sempre inocente. 

"Nunca desisti porque a minha família nunca desistiu", disse Dunn aos jornalistas, à porta do tribunal de St Louis. "É fácil desistir na prisão quando se perde a esperança. Mas quando o sistema nos deita fora, temos de nos perguntar se nos queremos contentar com isso ou lutar por isso."

A sua condenação foi anulada no passado dia 22 de julho por um juiz, que ordenou a sua libertação imediata. No entanto, Dunn permaneceu preso até terça-feira, após o procurador-geral do Missouri, Andrew Bailey, ter recorrido da decisão.

Christopher Dunn is a free man. @FOX2now pic.twitter.com/SZzGxRcwR3

— Max Diekneite (@MaxDFOX2) July 30, 2024

Na terça-feira, um outro juiz decidiu a favor da anulação, considerando que, "à luz das novas provas, nenhum jurado, agindo razoavelmente, teria votado para considerar Dunn culpado destes crimes".

A organização Midwest Innocence Project afirmou estar "entusiasmada com o facto de Chris finalmente se poder reunir com a sua família após 34 anos atrás das grades por um crime que não cometeu".

"Estamos ansiosos por apoiar Chris enquanto ele reconstrói a sua vida", disseram, citados pela NBC News.

Christopher Dunn tinha 18 anos quando foi falsamente acusado de ter assassinado Rogers a tiro. Apesar de não existirem provas que o ligassem ao crime, foi acusado de homicídio em primeiro grau e condenado a prisão perpétua.

Na altura, a mãe e a irmã defenderam que Dunn estava com elas na altura do tiroteio, mas dois adolescentes, de 12 e 14 anos, alegaram ter testemunhado o crime. Posteriormente, ambos desmentiram os seus depoimentos e afirmaram ter sido coagidos pelos procuradores e pela polícia.

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