Nuno Amado defende salário mínimo nos 1.000 euros desde que os custos das empresas diminuam

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Nuno Amado,  foi entrevistado pela Antena 1 e ao Jornal de Negócios enquanto membro da Associação Business Roundtable Portugal (BRP), e considera que é preciso apostar no crescimento das empresas para pagarem melhor. No entanto “o Estado também tem de fazer a sua parte”. O Chairman do BCP acredita que as taxas de juro poderão  cair para os 2% no final do próximo ano.

Nuno Amado,  foi entrevistado pela Antena 1 e ao Jornal de Negócios enquanto membro da Associação Business Roundtable Portugal (BRP), e referiu que concorda com a proposta dos partidos que defendem um aumento do salário mínimo para os 1.000 euros.  “É obrigatório o salário mínimo aumentar e muito…, mas também é obrigatório, em paralelo, os custos e os encargos sobre o salário mínimo diminuírem”, acrescentou o Chairman do BCP.

A subida do salário mínimo empurra o salário médio e as maiores empresas pagam salários superiores. Por isso Nuno Amado considera que é preciso apostar no crescimento das empresas para pagarem melhor. No entanto “o Estado também tem de fazer a sua parte”.

“Tem de ser otimizada a diferença entre o custo do fator trabalho e o benefício para quem trabalha, independentemente da dimensão da empresa”, defende Nuno Amado.

O membro da BRP concorda com a redução da carga fiscal proposta pelos partidos que já apresentaram medidas nesse sentido. Nuno Amado diz que essa redução pode até ser progressiva, “mas tem é de ser consistente e consensual entre os partidos”. Neste sentido, diz, “é preciso ter condições para aumentar salários e ter condições para não aumentar a carga fiscal”.

Mas esclarece que isso só é possível com crescimento: “Primeiro é preciso produzir e depois ver se é preciso taxar”, defende o banqueiro.

Nuno Amado vê 2024 como um ano difícil. “Este ano será um ano de resistência” e diz que “não precisamos de mais Estado, precisamos de melhor Estado” e isso significa maior capacidade de execução.

Nuno Amado diz ainda que até agora os líderes dos governos têm tido competência e qualidade, “mas a execução por vezes pode não ter corrido bem”.

Neste sentido, no seu entender, “a melhor solução política para o país, na sequência das eleições, seria uma solução que trouxesse estabilidade com ou sem maioria parlamentar”.

Questionado sobre uma reedição da geringonça à esquerda, o gestor pediu que “haja pragmatismo e acordos e compromissos que garantam melhor Estado”.

O presidente não executivo do BCP garante que a banca está pronta para ajudar a economia do país a crescer e acredita que as taxas de juro poderão  cair para os 2% no final do próximo ano.

Sobre a redução de 9,9% da participação da Fosun no BCP, Nuno Amado, que é presidente do Conselho de Administração do BCP, considera que o BCP está numa situação de “solidez” e de capacidade que já há muito não tinha, “está bem e recomenda-se” e por isso “está tranquilo”. com a redução da participação do maior acionista.

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