O elogio que mais frustrava Federer: "A verdade é que..."

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Roger Federer discursou, esta terça-feira, perante uma multidão, na Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos da América, onde levou a cabo uma reflexão a propósito dos motivos que o tornaram num dos maiores nomes da história do ténis mundial.

O suíço garantiu que a ideia de que alcançou o estrelato "sem esforço é um mito", e não escondeu o incómodo com a mesma: "As pessoas costumavam dizer-me que o meu jogo não tinha esforço. Na maior parte das vezes, diziam-nos como um elogio... mas costumava frustrar-me quando diziam 'Ele mal transpirou'".

"A verdade é que tive de trabalhar arduamente... para fazer com que parecesse fácil. O abanão surgiu cedo durante a minha carreira, quando um adversário, no Open de Itália, questionou mentalmente a minha disciplina mental", começou por afirmar.

"Ele disse 'O Roger será o favorito nas duas primeiras horas, e, depois, serei eu o favorito'. Fiquei confuso, ao início. Mas, eventualmente, percebi o que ele estava a tentar dizer. Qualquer um consegue jogar bem durante duas horas", prosseguiu.

"Estás apto, estás rápido, estás de cabeça limpa... E, passadas duas horas, as tuas pernas começam a tremer, a tua mente começa a vaguear, e a tua disciplina começa a desaparecer. Fez-me perceber que tinha muito trabalho pela frente", completou.

A terminar, Roger Federer deixou uma mensagem clara: "Sim, o talento importa. Não vou estar a dizer-vos que não importa. Mas o talento tem uma definição mais ampla. Na maior parte das vezes, o importante não é ter um talento. É ter trabalho".

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