«O Mundial de clubes foi uma gota num oceano a transbordar»

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O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) entende que as alterações aos calendários das provas organizadas pela UEFA e pela FIFA foram impostas «de forma antidemocrática», agravando a «sobrecarga competitiva».

Após ter manifestado apoio à queixas das Ligas Europeias e da Federação Internacional das Associações de Futebolistas (FIFPro) contra a FIFA, relativa ao novo formato do Mundial de Clubes, em 2025, e do alargamento do Mundial 2026, o presidente organismo vinca que os novos modelos da Liga dos Campeões, Liga Europa e Liga Conferência «exigem uma reflexão».

«O Mundial de clubes foi uma ‘gota’ num ‘oceano’ a transbordar. Critico a forma unilateral e até antidemocrática como o calendário foi imposto, sem consensualização e com a necessidade de articular um calendário já sobrecarregado», referiu Joaquim Evangelista, em declarações à Lusa.

Evangelista sublinha que tanto os jogadores das principais Ligas, como aqueles das ligas pequenas e médias, nas quais inclui a portuguesa, apresentam sinais crescentes de fadiga e crê que a solução para o problema exige «olhar para as competições como um todo», com vista a «calendarios eficientes» que garantam «saúde e bem-estar».

«A conjugação destes calendários afeta o rendimento, a qualidade do jogo, mas sobretudo a saúde física e mental dos jogadores. Esse é o grande desafio do futebol nos próximos anos», reitera.

A queixa da FIFPro e das Ligas Europeias decorre em paralelo com ações de teor semelhante, interpostas pela Liga espanhola no tribunal de comércio de Bruxelas e pelos Sindicatos de jogadores de Inglaterra, França e Itália.

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