O Rei dos dérbis na Rainha

7 meses atrás 63

Os dérbis são daqueles jogos que todos queremos viver e que nos ficam na memória por muitos e largos anos. Se juntarmos a essa fórmula vencedora os rivais de Lisboa e as meias finais da Taça de Portugal como especiaria adicional, temos a receita perfeita para adicionar mais um capítulo, que se espera bonito, a essas memórias. Esta quinta-feira há o primeiro de dois rounds entre os rivais lisboetas.

Comecemos pelos leões, que têm demonstrado um nível de maturidade esta época bem superior ao da anterior, em grande parte fruto das aquisições cirúrgicas feitas nos últimos mercados de transferência, que ajudaram a elevar a equipa. Os leões chegam a este jogo num momento de confiança alto, com 15 vitórias nos últimos 20 jogos, embora os últimos dois tenham sido empates, bem distintos, no entanto.

Quanto à equipa que começará o jogo, Rúben Amorim abriu um pouco o livro na antevisão da partida, começando desde logo pela garantia de titularidade de Franco Israel e pelas ausências confirmadas de Francisco Trincão e Gonçalo Inácio, enquanto Paulinho vai ser convocado, mas começará no banco de suplentes. O técnico está, por isso, obrigado a fazer mexidas em relação à visita a Vila do Conde (3-3) e Eduardo Quaresma e Marcus Edwards devem ser os eleitos para essas duas vagas. Contudo, talvez não se fique por aqui e Ricardo Esgaio é opção forte a voltar à direita, para maior estabilidade defensiva que Catamo.

Benfica venceu Sporting esta época @Kapta+

Virando a página para o outro lado da 2ª Circular, o Benfica tem sido menos consistente que o rival esta época, principalmente ao nível da qualidade exibicional, mas chegam a este duelo com formas relativamente semelhantes (Benfica venceu 14 e empatou seis nos últimos 20), embora os encarnados não percam um jogo desde novembro, na visita à Real Sociedad (3-1). Apesar disso, a equipa tem oscilado nas últimas semanas, o que cria incerteza.

Ora, por falar em incerteza, isso é algo que temos quando pensamos no onze que Roger Schmidt apresentará de início. O alemão não abriu o jogo - ao contrário de Rúben Amorim - na antevisão da partida e falou precisamente das muitas nuances que a equipa pode apresentar. Ora, sendo esta equipa do Sporting forte no capítulo da organização defensiva, não será de estranhar que o técnico encarnado aposte em fórmula semelhante à do jogo com o Portimonense (4-0), com Rafa na frente, Kokçu a médio ofensivo e João Mário a ajudar João Neves a equilibrar o meio campo.

A grande dúvida talvez seja onde inserir o intocável Aursnes: novamente a lateral esquerdo ou a médio esquerdo, para ajudar na pressão, o que obrigaria a iniciar a partida com David Neres - que está num grande momento de forma - no banco de suplentes. Ora, como nesta fase nem Morato, nem Álvaro Carreras parecem propriamente prontos para um encontro desta magnitude e exigência, o norueguês surge como a opção mais confiável para lateral esquerdo.

Histórico favorece o leão

Apelidado por muitos com o «Dérbi dos dérbis», este jogo já fez correr muita tinta dos jornais em Portugal. Afinal, estas duas equipas já se defrontaram um total de 319 vezes - entre todas as competições -, com os encarnados com ligeira vantagem (139 vitórias, contra 112). Contudo, se olharmos apenas para a Taça de Portugal e para esta fase, as meias finais, a história é outra: o Sporting avançou em seis das oito ocasiões. Além disso, embora o habitual «jogo a jogo» esteja sempre presente no discurso dos treinadores, o Benfica defronta os dois rivais esta semana, o que, historicamente, não é favorável...

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