"O nosso pior pesadelo está a tornar-se realidade. As crianças libanesas estão a sentir a angústia de uma guerra iminente desde outubro", segundo Jennifer Moorehead, uma das responsáveis da organização, citada em comunicado.
Para a ONG, famílias estão "a tentar desesperadamente fugir do perigo" e as crianças são as "mais afetadas pela violência" numa altura em que autoridades libanesas atualizaram para 558 o número de mortos, entre os quais 50 crianças.
A 'Save the Children' indicou que pelo menos 1,5 milhões de crianças serão afetadas a partir de hoje pelo encerramento permanente de todas as escolas do país, que "serão abertas como abrigos temporários" para os deslocadas em massa do sul e do leste do Líbano devido aos ataques.
A organização denunciou também que as famílias do sul do Líbano estão retidas uma vez que os bombardeamentos aéreos danificaram as estradas, impedindo a sua movimentação.
A ONG exortou todas as partes a tomarem "medidas imediatas e a respeitarem o direito humanitário internacional".
O ministro libanês da Saúde Pública, Firas Abiad, afirmou hoje que os recentes ataques israelitas no sul e leste do Líbano mataram "até agora" 558 pessoas, incluindo 50 crianças e 94 mulheres, e feriram mais de 1.800.
Na segunda-feira, o governo israelita avisou a população libanesa para se manter afastada dos locais onde se encontram supostos membros do Hezbollah e afirmou que os seus pesados bombardeamentos visam posições e depósitos de armas do grupo xiita libanês pró-iraniano, responsável pelo lançamento de centenas de rockets e outros projéteis contra o norte de Israel nos últimos meses.
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