ONU alerta que grande parte da ajuda ao norte de Gaza foi cancelada em janeiro

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No seu relatório diário, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) destacou que apenas 14% das missões humanitárias foram concluídas este mês, enquanto em dezembro a percentagem era superior a 70%.

"A capacidade de responder às grandes necessidades no norte de Gaza está a ser limitada pelas repetidas recusas de acesso por parte das autoridades israelitas", lamentou a ONU.

O relatório detalhou que as missões de envio de produtos médicos de emergência para a farmácia central da cidade de Gaza foram negadas em cinco ocasiões, assim como o envio de combustível necessário para pôr a funcionar as instalações de abastecimento médico foi cancelado seis vezes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também reclamou que teve que cancelar seis missões nas últimas duas semanas.

O relatório registou novos ataques a instalações de saúde em Gaza, como o sofrido na quarta-feira por uma ambulância do Crescente Vermelho palestiniano, no qual morreram quatro trabalhadores da organização e dois pacientes que já estavam feridos. O ataque ocorreu na via Saladino, principal eixo de comunicações de Gaza, na entrada da zona central de Deir al-Balah.

Também foram registados ataques esta quarta-feira contra um edifício residencial junto ao hospital Al-Aqsa, também em Deir al-Balah, que também provocaram mortos.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo grupo islamita Hamas, nas últimas 24 horas os ataques israelitas causaram 147 mortos e 243 feridos, elevando o número total de vítimas desde o início do conflito na faixa, em 07 de outubro, para 23.357 mortos e 59.410 feridos.

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