ONU entrega casas montáveis em poucas horas para ajudar vítimas das cheias no sul do Brasil

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A ONU já começou a entregar ao governo do Rio Grande do Sul algumas unidades de casas montáveis para ajudar vítimas das cheias que devastam aquele estado brasileiro desde 29 de Abril, já mataram pelo menos 163 pessoas, deixaram 72 desaparecidas e mais de 650 mil desalojadas. As primeiras unidades já chegaram a Porto Alegre, capital do estado, e as restantes chegarão nos próximos dias.

A Acnur, agência da ONU para refugiados, deve entregar já nos próximos dias ao Rio Grande do Sul, além dos oito que já entregou esta semana, mais 200 kits de casas provisórias, utilizadas já em outras situações de emergências ou guerras, como no Iraque, Uganda e Ucrânia. Os kits que já chegaram tinham sido usados em Boa Vista, capital do estado brasileiro de Roraima, na fronteira com a Venezuela, para abrigar migrantes fugidos da fome naquele país, e as restantes vão ser enviadas pelos escritórios da ONU na Colômbia e no Panamá.

As casas chegam desmontadas, em duas grandes caixas planas com todas as peças, incluindo grandes painéis que formam as paredes e o tecto, uma porta, uma lâmpada e um carregador, estes dois últimos abastecidos por energia solar. As casas ficam prontas em poucas horas de montagem, podendo ser usadas no mesmo dia do recebimento.

A estimativa é que pelo menos mil pessoas possam viver nessas casas provisórias cedidas pela ONU até conseguirem voltar para as casas onde moravam ou até conseguirem outra. Esta quinta-feira, 23 de Maio, das mais de 650 mil pessoas desalojadas no Rio Grande do Sul pela maior tragédia climática daquele estado do sul do Brasil, 68,3 mil ainda estavam acolhidas em abrigos improvisados em escolas, ginásios e outros locais temporários, tendo as restantes conseguido acolhimento em casas de familiares e amigos, numa situação também provisória.

Na visita que fez ao estado esta semana, Lula da Silva prometeu que o governo central brasileiro vai comprar casas para todas as pessoas que perderam as suas, mas autarcas das cidades mais atingidas já vieram a público dizer que essa promessa é irrealizável, porque as cheias destruíram pelo menos 300 mil imóveis em todo o Rio Grande do Sul, incluindo casas que estavam para vender e outras em construção.

Tentando pelo menos atenuar esse gigantesco drama social, o governo do estado anunciou a montagem em carácter de emergência de várias "cidades provisórias" com estruturas normalmente usadas para grandes eventos mas adaptadas para receberem e alojarem pessoas, famílias inteiras, com idosos, crianças e até animais de estimação. Essas grandes estruturas, que serão montadas por empresas especializadas, terão dormitórios, casas de banho, cozinhas e lavandarias comunitárias, e contarão também com escolas, unidades de saúde e até supermercados. 

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