Operação Bilhete Dourado: MP suspeita de “conluio” entre funcionários do FC Porto e Super Dragões

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Nova operação a decorrer hoje, paralela à Operação Pretoriano, já fez entre 10 e 13 arguidos. Venda de bilhetes ilegal investigada.

O Ministério Público suspeita que tenha existido “conluio” entre os funcionários do FC Porto e uma empresa ligada a membros dos Super Dragões no que respeita a aquisição de bilhetes para jogos, que depois seriam vendidos no ‘mercado negro’. Esta manhã, a PSP do Porto e o Ministério Público fizeram buscas na Porto Comercial e na loja do Associado no estádio dos dragões, expandindo-as então para buscas domiciliárias e não domiciliárias de nomes de envolvidos.

Segundo o jornal “Público”, há agora 10 arguidos na Operação Bilhete Dourado, paralela à Operação Pretoriano, enquanto o “Correio da Manhã” confirma 13 arguidos.

“De toda a prova reunida até ao momento e devidamente documentada não existem dúvidas de que são várias as pessoas com lucros consideráveis referente à venda irregular de bilhetes, o que lesa claramente o FC Porto, e o Estado, o que é ‘conhecido e aceite’ no seio do clube como moeda de troca pelo apoio da claque”, pode ler-se nos mandados de busca e no inquérito a que a Agência Lusa teve hoje acesso.

O Ministério Público partiu das suspeitas relacionadas com Fernando Madureira, atualmente detido no âmbito do processo Pretoriano, e da sua mulher, Sandra Madureira. Segundo a “CMTV”, a PSP do Porto apreendeu cerca de mil bilhetes na casa do líder dos Super Dragões, bem como 20 mil euros em dinheiro.

A mulher de Fernando Madureira está proibida de entrar no estádio e de contactar elementos da claque, no âmbito do processo Pretoriano, que remete a janeiro deste ano, mas terá dado continuidade ao negócio. Na última operação foram apreendidos 50 mil euros em dinheiro na residência do líder da claque do FC Porto.

De acordo com o Ministério Público, estão em causa crimes de distribuição e venda de títulos falsos ou irregulares e também a distribuição e venda irregular, bem como abuso de confiança qualificado.

Além de Sandra Madureira, também o ex-vice presidente do FC Porto, Alípio Jorge Fernandes, foi alvo de buscas, e Rui Lousa da Porto Comercial, bem como Cátia Guedes, funcionária do FC Porto, João Vasconcelos (João gato), Catarina Madureira e João Duarte Rocha (filha do casal Madureira e respetivo noivo).

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