Operação "Promessa Honesta". As ondas de choque do ataque do Irão a Israel

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Momento-Chave

Grupo de turistas portugueses saiu do Irão em direção à Turquia

Um grupo de 47 turistas portugueses pediu ajuda ao governo português para sair do Irão e já está a caminho da Turquia, revelou o secretário de Estado das Comunidades à RTP.


Em relação aos portugueses que se mantém em Israel, José Cesário afirmou que a “comunidade portuguesa é muito grande”, sendo que a maioria é luso-israelita”.

O secretário de Estado das Comunidades volta a apelar aos cidadãos portugueses para evitar deslocações aos países do Médio Oriente.

Momento-Chave

NATO condena a escalada do Irão e pede contenção

A NATO "condena a escalada do Irão", que no sábado realizou um ataque sem precedentes contra Israel, e "pede contenção" para que "o conflito no Médio Oriente não se torne incontrolável", disse hoje um porta-voz da Aliança Atlântica.

"Condenamos a escalada do Irão durante a noite, apelamos à contenção e monitorizamos de perto os desenvolvimentos. É essencial que o conflito no Médio Oriente não saia do controlo", afirmou o porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Farah Dakhlallah, num comunicado.

O ataque do Irão contra Israel, em que, segundo Telavive, foram utilizados mais de 300 `drones`, mísseis balísticos e de cruzeiro, ocorreu duas semanas depois de um atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no qual morreram sete membros da Guarda revolucionária iraniana e seis sírios, ataque que Teerão atribui a Israel.

Os ataques, segundo as autoridades israelitas, provocaram ferimentos graves numa pessoa e ligeiros noutras oito.

Momento-Chave

Presidente do Irão promete medidas "mais duras" caso Israel responda ao ataque

O presidente do Irão afirmou hoje que o ataque lançado no sábado contra Israel foi "uma lição contra o inimigo sionista", avisando Telavive que qualquer "nova aventura" irá contar com uma resposta "ainda mais dura" de Teerão.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, classificou hoje o ataque lançado por Teerão contra Israel na noite de sábado e madrugada de hoje como uma "medida defensiva" e de "legítima defesa", numa resposta "às ações agressivas do regime sionista [Israel] contra os objetivos e interesses do Irão", nomeadamente o bombardeamento recente ao consulado de Irão em Damasco, na Síria.

Num comunicado publicado na sua página de internet, Ebrahim Raisi, realçou que o ataque foi "uma ação militar decisiva", apesar de o Exército israelita ter afirmado que a grande maioria dos `drones`, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos lançados por Teerão foram intercetados.

O presidente do Irão deixou ainda um recado a Israel, alertando que, caso Telavive ou os que apoiam aquele país "mostrem um comportamento imprudente, receberão uma resposta muito mais decisiva e violenta".

"Durante os últimos seis meses, e especialmente durante os últimos dez dias, o Irão usou todas as ferramentas regionais e internacionais para chamar a atenção da comunidade internacional sobre os perigos mortais face à inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas [ONU], diante das contínuas violações do regime sionista", referiu.

Considerando que falta capacidade ao Conselho de Segurança da ONU para cumprir "as suas obrigações", o presidente iraniano argumentou que o Irão atuou "em defesa da sua integridade, soberania e interesses nacionais".

Dessa forma, Raisi considerou que o ataque de sábado foi uma forma de "castigar o agressor [Israel] e gerar estabilidade na região".

O Irão "considera a paz e a estabilidade na região como algo necessário para a sua segurança nacional" e, nesse sentido, "não poupa esforços para restaurá-la", referiu.

"Está totalmente claro para qualquer observador justo que as ações do regime sionista são de uma entidade ocupante, terrorista e racista, que considera que não está vinculada a deveres ou normas legais ou morais", criticou.

Para o presidente do Irão, Israel, com a sua ofensiva na Faixa de Gaza, levou a cabo "uma campanha genocida" contra os palestinianos, com "o apoio cúmplice" dos Estados Unidos.

No seu comunicado, Raisi aconselhou ainda aqueles que ajudam Israel a deixar de apoiar "cegamente" Telavive, considerando ser essa uma "das principais causas" para que aquele país intensifique "violações das leis internacionais".

Momento-Chave

Irão não hesitará em defender os seus interesses contra qualquer nova agressão

O Irão não tem intenção de prolongar as suas "operações defensivas", mas não hesitará em salvaguardar os seus interesses legítimos contra qualquer nova agressão, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amirabdollahian, num post na rede social X.

اِعمال حق دفاع مشروع، نشان دهنده رویکرد مسئولانه ایران نسبت به صلح و امنیت منطقه‌ای و بین‌المللی است.
جمهوری اسلامی ایران، در این مقطع، قصدی برای ادامه عملیات دفاعی ندارد، اما در صورت لزوم، برای صیانت از منافع مشروع خود در برابر هرگونه تجاوز جدید، تردید به خود راه نخواهد داد. pic.twitter.com/gh6WoJvNux

— H.Amirabdollahian امیرعبداللهیان (@Amirabdolahian) April 14, 2024

Momento-Chave

Jordânia considera que escalada na região pode levar a "caminhos perigosos”

O primeiro-ministro da Jordânia, Bisher Khasawneh, avisou que qualquer escalada de conflitos na região conduziria a "caminhos perigosos", depois de o Irão ter lançado centenas de drones e mísseis de cruzeiro contra Israel.

Em declarações ao Conselho de Ministros, Khasawneh afirmou que as forças armadas do país enfrentariam qualquer tentativa de qualquer partido que procurasse pôr em perigo a segurança do reino.

A Jordânia, um firme aliado dos Estados Unidos, intercetou alguns objetos voadores que entraram no seu espaço aéreo no sábado à noite para garantir a segurança dos seus cidadãos, segundo um comunicado do gabinete de Bisher Khasawneh.

A Jordânia, que se situa entre o Irão e Israel, preparou defesas aéreas para intercetar quaisquer drones ou mísseis que violassem o seu território, disseram duas fontes de segurança à Reuters.

Momento-Chave

Irão convoca embaixadores britânico, francês e alemão

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano convocou os embaixadores do Reino Unido, da França e da Alemanha para questionar aquilo a que se referiu como a sua "posição irresponsável" em relação aos ataques de retaliação de Teerão contra Israel, informou a agência noticiosa semioficial Iranian Labour.

Israel, com a ajuda dos principais aliados ocidentais, incluindo o Reino Unido, afirmou ter intercetado 99 por cento dos lançamentos durante o ataque em massa do Irão no sábado.

O Reino Unido e a França estão entre os países ocidentais que condenaram o ataque com drones e mísseis contra Israel e apelaram à contenção.

Momento-Chave

Moscovo pede contenção a "todas as partes envolvidas"

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia apelou à contenção de "todas as partes envolvidas", após os ataques iranianos de sábado à noite e madrugada de hoje contra Israel.

"Apelamos a todas as partes envolvidas para que tenham contenção e para evitar uma escalada perigosa. Contamos com os Estados da região para encontrar uma solução para os problemas existentes, através de meios políticos e diplomáticos", acrescentou, num comunicado, o ministério tutelado por Serguei Lavrov.

O Governo russo destaca no entanto que, "de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, o ataque [contra Israel] foi realizado no âmbito do seu direito à autodefesa nos termos do artigo 51 da Carta da ONU, em resposta a ataques contra alvos iranianos no região", nomeadamente o ataque ao consulado iraniano em Damasco, que Moscovo "condenou veementemente".

Moscovo manifestou também "grande preocupação" com os acontecimentos na região e sublinhou que tinha alertado para o aumento das tensões caso não fosse encontrada uma resolução para "as numerosas crises no Médio Oriente, principalmente na área do conflito israelo-palestiniano". 

O ataque do Irão contra Israel, em que, segundo Telavive, foram utilizados mais de 300 `drones`, mísseis balísticos e de cruzeiro, ocorreu duas semanas depois de um atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, no qual morreram vários membros da Guarda revolucionária iraniana, ataque que Teerão atribui a Israel.

Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, a posição dos membros ocidentais do Conselho de Segurança da ONU "inviabilizou uma reação adequada ao ataque à missão consular iraniana".

Na quinta-feira, o Kremlin apelou à contenção do Irão e de Israel face à informação sobre uma resposta iminente de Teerão ao ataque ao seu consulado.

"Agora é muito importante que todos atuem com moderação para não desestabilizar completamente a situação na região, que já não é estável nem previsível", disse então o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.

O secretário do Conselho de Segurança Russo, Nikolai Patrushev, tinha alertado dias antes que o ataque de Telavive ao consulado iraniano em Damasco poderia levar a uma "escalada incontrolável de tensões".

Momento-Chave

Marcelo Rebelo de Sousa convoca Conselho Superior de Defesa Nacional

O Presidente da República convocou o Conselho Superior de Defesa Nacional. Em causa está a escalada do conflito no Médio Oriente.

“Tendo em conta a situação atual e possíveis desenvolvimentos, o Presidente da República decidiu convocar uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional para terça-feira, 16 de abril, pelas 18h00, no Palácio de Belém” lê-se num comunicado publicado na página da Presidência da República.

Nos termos da Constituição, o Conselho Superior de Defesa Nacional é um órgão colegial específico, presidido pelo Presidente da República, de consulta para os assuntos relativos à defesa nacional e à organização, funcionamento e disciplina das Forças Armadas.

Fazem parte deste órgão o primeiro-ministro, os ministros de Estado e da Defesa Nacional, Negócios Estrangeiros, Administração Interna, Finanças e responsáveis pelas áreas da indústria, energia, transportes e comunicações, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e os chefes da Armada, do Exército e da Força Aérea.

Integram ainda o Conselho Superior de Defesa Nacional os representantes da República e presidentes dos governos das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o presidente da Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República e mais dois deputados eleitos para este órgão por maioria de dois terços

Momento-Chave

Aeroportos iranianos cancelam voos até a manhã de segunda-feira

Vários aeroportos iranianos, incluindo o Aeroporto Internacional Imam Khomeini de Teerão, cancelaram os voos até segunda-feira, revelaram os meios de comunicação social estatais iranianos.

"Todos os voos do Aeroporto Internacional Imam Khomeini de Teerão foram cancelados até às 6h00 horas da manhã (02h30 GMT), na sequência de um anúncio da Organização da Aviação Civil do Irão", disse o executivo do aeroporto à agência noticiosa iraniana Student.

Os voos domésticos do aeroporto de Mehrabad, em Teerão, e dos aeroportos de Shiraz, Isfahan, Bushehr, Kerman, Ilam e Sanandaj também foram cancelados até segunda-feira de manhã, segundo a Companhia de Aeroportos e Navegação Aérea do Irão, uma vez que o espaço aéreo ocidental do país continua interdito aos voos.

As principais companhias aéreas do Médio Oriente anunciaram o cancelamento de alguns dos seus voos, tendo sido obrigadas a reencaminhar outros, embora Israel tenha reaberto o seu espaço aéreo a partir das 7h30 locais de domingo de manhã.

O aeroporto de Beirute também reabriu esta manhã e os voos de e para a capital libanesa terão sido retomados.

Momento-Chave

Para discutir resposta ao ataque iraniano

Gabinete de guerra de Israel vai reunir

O gabinete de guerra de Israel vai reunir-se para discutir uma resposta ao ataque de drones e mísseis lançado pelo Irão.

Neste pequeno núcleo estão o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o minsitro da Defesa Yoav Gallant e Benny Gantz, um dos opositores ao governo.

Desta reunião sairá uma decisão sobre o que fazer em resposta ao ataque iraniano.

Momento-Chave

Israel bombardeia leste do Líbano

A aviação israelita bombardeou hoje o Vale de Bekaa, um reduto do grupo xiita Hezbollah no leste do Líbano, longe da fronteira comum, num contexto de crescente tensão regional depois do ataque do Irão contra o Estado judaico.

O bombardeamento por "combatentes inimigos" teve como alvo a aldeia de Nabi Chit, no distrito de Baalbek, uma zona que já tinha sido alvo de vários ataques durante os últimos dois meses de combates, informou o jornal online Al Ahed News, propriedade do Hezbollah.

De acordo com a Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa, os projéteis atingiram um edifício na localidade, que ficou destruído com o impacto, enquanto as forças de segurança isolaram a área, sem que tenham sido registadas vítimas até ao momento.

A ação ocorre depois de o Irão ter lançado um grande número de mísseis e drones contra Israel na noite passada, em resposta ao bombardeamento de há duas semanas que destruiu o consulado iraniano em Damasco e matou sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais proeminentes.

O Líbano lidera a lista dos países com maior risco de serem arrastados para uma potencial escalada regional decorrente deste ataque sem precedentes, uma vez que o Hezbollah - um aliado próximo do Irão - tem estado envolvido em intensos confrontos com Israel há mais de meio ano.

Os confrontos, os piores desde a guerra travada entre a formação libanesa e o Estado judaico em 2006, concentraram-se sobretudo nas zonas fronteiriças, mas nos últimos dois meses Israel já tinha bombardeado o Vale de Bekaa em momentos de especial tensão.

Momento-Chave

Von der Leyen e Michel pedem que se evite escalada ainda maior

Os líderes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu pediram hoje que se evite uma "nova escalada" no Médio Oriente depois dos ataques que o Irão lançou sábado à noite contra Israel, ofensiva que ambos condenaram.

Numa mensagem nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, apelou ao Irão e aos seus aliados para "cessarem imediatamente estes ataques" e apelou a "todos os intervenientes" para se "absterem de novas escaladas e trabalharem para restaurar a estabilidade na região".

Israel disse ter intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos "mais de 120" mísseis balísticos", bem como os 70 `drones` (aeronaves não tripuladas), em ataques que deixaram uma pessoa gravemente ferida em Israel e outras oito com ferimentos leves.

Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também numa mensagem publicada na rede social X (ex-Twitter), pediu para que se façam "todos os possíveis para evitar uma nova escalada regional" no Médio Oriente e "mais derramamento de sangue", segundo afirmou numa mensagem também publicada através da rede social X.

O presidente do Conselho Europeu, órgão da UE que reúne os presidentes e primeiros-ministros dos 27, afirmou que o bloco comunitário irá "acompanhar de perto" a evolução da situação com os seus aliados.

A presidência italiana do G7 convocou para hoje uma videoconferência com os líderes das sete democracias mais ricas do mundo para discutir o ataque iraniano contra Israel, informaram fontes oficiais.

A reunião, convocada pelo Governo presidida por Giogia Meloni, decorrerá a seguir ao almoço.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou hoje de manhã que iria solicitar uma reunião do G7 para coordenar uma resposta diplomática depois de garantir o apoio de Washington a Israel e garantir que as forças norte-americanas contribuirão para travar o ataque do Irão.

Momento-Chave

Hamas considera ataque iraniano um "direito natural e resposta merecida"

O movimento islâmico Hamas considerou hoje a resposta iraniana, com mais de 300 `drones`, mísseis balísticos e de cruzeiro lançados sábado contra Israel, como "um direito natural e uma resposta merecida".

"Nós, no Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), consideramos a operação militar levada a cabo pela República Islâmica do Irão contra a entidade ocupante sionista como um direito natural e uma resposta merecida ao crime de ataque ao consulado iraniano em Damasco", a 01 deste mês, referiu, num comunicado, o Hamas, movimento apoiado por Teerão.

O Hamas também apelou ao resto dos países árabes, "aos povos livres do mundo e às forças de resistência da região" para continuarem a apoiar "a liberdade e independência" do povo palestiniano, em referência à guerra que Israel continua que se alastrou na Faixa de Gaza e já ceifou a vida a mais de 33.600 pessoas em pouco mais de seis meses.

"Pedimos a todas as forças da nação que continuem a apoiar a resistência e a operação `Al Aqsa Flood`", disse, referindo-se ao nome oficial dado aos ataques perpetrados a 07 de outubro contra Israel, conforme foi noticiado pelo jornal palestiniano `Filastin`, associado ao Hamas.

No total, sete membros da Guarda Revolucionária e seis sírios morreram no atentado bombista ao consulado iraniano em Damasco, pelo qual, como é habitual neste tipo de casos, Israel não assumiu a responsabilidade.

Tal como relatado hoje pelo Exército israelita, dos cerca de 170 `drones` (aeronaves não tripuladas) que o Irão lançou antes da meia-noite, nenhum atingiu o território israelita e 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os "mais de 120" mísseis balísticos também foram intercetados.

Segundo o porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, "99% das ameaças lançadas contra o território israelita foram intercetadas, uma conquista estratégica muito significativa".

Em conferência de imprensa, o Hagari referiu que o ataque representou "mais de 300 ameaças de vários tipos" e confirmou vários lançamentos, sem especificar números, provenientes dos "territórios do Iraque e do Iémen".

Momento-Chave

Emirados Árabes Unidos apelam a contenção para evitar repercussões perigosas

Os Emirados Árabes Unidos apelaram à contenção para evitar repercussões perigosas no Médio Oriente, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado no domingo, na sequência do ataque de Teerão a Israel.

Os Emirados Árabes Unidos apelaram igualmente à resolução dos conflitos através do diálogo e das vias diplomáticas.

Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia manifestou "extrema preocupação com mais uma perigosa escalada" no Médio Oriente e apelou também à contenção após os ataques iranianos a Israel.

Momento-Chave

Jordânia intercetou engenhos voadores durante ataque do Irão contra Israel

O Governo da Jordânia anunciou hoje ter intercetado "engenhos voadores" que penetraram no seu espaço aéreo durante o ataque com drones e mísseis lançado pelo Irão contra Israel na noite passada.

Em comunicado, o Governo avisou ainda que o Exército do reino árabe "irá confrontar (...) tudo o que exponha a segurança da nação, dos seus cidadãos e do seu espaço aéreo e território a qualquer perigo ou transgressão por qualquer das partes, com todas as capacidades disponíveis".

O comunicado refere que as Forças Armadas "intercetaram e neutralizaram os engenhos que penetraram no espaço aéreo (jordano) na noite passada" e que os destroços caíram "em vários locais" sem causar feridos.

A Jordânia faz fronteira com o Iraque e a Síria, onde estão presentes milícias pró-iranianas que atacam frequentemente posições israelitas e norte-americanas na região.

Qualquer ataque direto entre Israel e o Irão tem necessariamente de passar pelo espaço aéreo da Jordânia ou da Síria.

Imagens que circularam nas redes sociais na noite de sábado mostraram incêndios que teriam sido causados em algumas cidades jordanas pela queda de fragmentos de alguns drones e mísseis.

Momento-Chave

Português residente em Jerusalém revela à RTP que se refugiou nun bunker

David Moura está em Israel desde 2021 a tirar o doutoramento. Descreve o momento em que os drones sobrevoaram a cidade de Jerusalém. Ontem à noite, teve de refugiar-se num bunker.

Momento-Chave

Embaixada dos EUA em Israel afirma que "ameaça de bombardeamentos diminuiu"

A embaixada dos EUA em Jerusalém afirma que "a ameaça de bombardeamentos com drones e mísseis diminuiu" e que a ordem de abrigo para os funcionários do governo dos EUA e seus familiares foi levantada.

"No entanto, as anteriores restrições de viagem impostas aos funcionários do governo dos EUA e aos membros das suas famílias continuam em vigor. As viagens pessoais estão limitadas às deslocações dentro e entre Telavive (incluindo Herzliya, Netanya e Even Yehuda), Jerusalém e Be'er Sheva", lê-se no comunicado.

"A embaixada dos EUA continuará a monitorizar de perto o ambiente de segurança. As escolas em Israel permanecem fechadas hoje, 14 de abril. Muitos voos foram cancelados ou atrasados, e os viajantes são encorajados a verificar com a companhia aérea a situação do seu voo. Os postos de fronteiras terrestres, incluindo a ponte Allenby, estão abertos".

Momento-Chave

Ataque "alcançou todos os seus objetivos", afirma Teerão

O chefe das forças armadas iranianas disse hoje que o ataque realizado durante a noite contra Israel "alcançou todos os seus objetivos".

"A Operação Honest Promise foi realizada com sucesso entre ontem (sábado) à noite e esta manhã, e alcançou todos os seus objetivos", declarou o general Mohammad Bagheri na televisão, especificando que nenhum centro urbano ou económico foi alvo de `drones` (aeronaves não tripuladas) e mísseis iranianos.

Bagheri afirmou que os dois locais mais visados foram "o centro de inteligência que forneceu aos sionistas as informações necessárias" para o ataque que destruiu o consulado iraniano em Damasco a 01 de abril, bem como "a base aérea de Novatim, de onde descolaram os aviões de caça israelitas `F-35` que bombardearam as instalações diplomáticas do Irão na capital síria.

"Estes dois centros foram consideravelmente danificados e colocados fora de serviço", garantiu.

"Não temos intenção de continuar esta operação, mas se o regime sionista tomar medidas contra a República Islâmica do Irão, seja no nosso solo ou nos nossos centros na Síria ou noutro local, a nossa próxima operação será bem mais importante do que esta", alertou o chefe das forças armadas iranianas.

O general Bagheri também indicou que as autoridades iranianas enviaram uma mensagem aos Estados Unidos "em que são avisados de que se cooperarem com Israel nas suas possíveis próximas ações, as bases [norte-americanas na região] não estarão seguras".

Por seu lado, o comandante em chefe da Guarda Revolucionária do Irão, general Hossein Salami, advertiu hoje que Teerão contra-atacará de forma "mais severa que os bombardeamentos" de sábado à noite se Israel iniciar uma ofensiva contra interesses ou cidadãos iranianos em qualquer parte do país.

"Se o regime sionista (Israel) atacar os nossos interesses, autoridades ou cidadãos a partir de qualquer ponto, contra-atacaremos", disse o chefe do corpo militar de elite e do exército ideológico do Irão, informou a cadeia de televisão Press TV.

"A nossa reação a qualquer agressão israelita será mais severa", garantiu Salami em declarações à Press TV.

Israel, que vinha alertando há vários dias que a retaliação iraniana era iminente, planeia agora uma "resposta significativa" ao ataque iraniano, disse um funcionário que pediu anonimato à estação de televisão Channel 12. 

Salami afirmou que a operação de sábado à noite e que se prolongou pela madrugada, na qual centenas de mísseis e drones foram disparados contra Israel, "foi mais bem-sucedida do que o esperado".

"Os mísseis do Irão foram capazes de perfurar as defesas israelitas supostamente fortes", disse Salami, contradizendo a versão de Telavive, que afirmou ter intercetado 99% dos mais de 300 `drones`, mísseis balísticos e de cruzeiro.

O Exército israelita afirmou hoje que, dos cerca de 170 `drones` que o Irão lançou antes da meia-noite, nenhum chegou ao território israelita; e também teria intercetado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os "mais de 120" mísseis balísticos.

Por seu lado, o ministro da Defesa do Irão, Mohammad Reza Ashtiani, avisou sábado à noite que qualquer país que permita a utilização do seu espaço aéreo ou território para realizar ataques contra solo iraniano receberá uma resposta forte.

O ataque iraniano ocorreu como retaliação ao bombardeamento atribuído por Teerão a Israel, ao consulado do Irão em Damasco, a 01 de abril, em que morreram seis sírios e sete membros da Guarda Revolucionária.

Entre os mortos estava o líder do ramo da Força Quds para a Síria e o Líbano, o Brigadeiro-General Mohamed Reza Zahedi.

O líder supremo do Irão, `ayatollah` Ali Khamenei, insistiu repetidamente nas últimas semanas que "o regime sionista deve ser e será punido", ameaças que foram repetidas por praticamente todos os altos funcionários do país após o ataque em Damasco.

Momento-Chave

G7 reúne-se por vídeoconferência para debater ataque do Irão contra Israel

Os chefes de Estado e de Governo do G7 vão realizar uma videoconferência hoje ao início da tarde "para debater o ataque iraniano contra Israel", anunciou o Governo italiano, que detém atualmente a presidência deste grupo de países industrializados.

"A presidência italiana do G7 convocou uma videoconferência a nível de líderes para o início da tarde de hoje", afirmou o Governo italiano num breve comunicado.

Esta cimeira de emergência surge depois de o Irão ter lançado mais de 200 drones e mísseis contra Israel durante a noite, em resposta a um ataque contra o consulado iraniano em Damasco.

No entanto, segundo o exército israelita, este ataque direto iraniano sem precedentes foi frustrado.

O Conselho de Segurança deverá realizar hoje também uma reunião de emergência, com o chefe da ONU, António Guterres, a condenar "uma grave escalada".

Momento-Chave

Iraque, Líbano e Jordânia reabrem espaços aéreos

O Iraque, o Líbano e a Jordânia anunciaram hoje a reabertura dos respetivos espaços aéreos, fechados desde sábado à noite devido ao ataque sem precedentes lançado pelo Irão contra Israel.

Estes três países tinham anunciado o encerramento dos seus espaços aéreos e a interrupção do tráfego no sábado à noite.

Num comunicado emitido hoje de manhã, a Autoridade da Aviação Civil iraquiana confirmou que "o espaço aéreo foi reaberto" aos aviões que chegam ou partem dos aeroportos iraquianos, assegurando, nomeadamente, que "todos os riscos para a segurança dos aviões civis no Iraque - país vizinho do Irão - foram excluídos".

No Líbano, país vizinho de Israel, o ministro dos Transportes, Ali Hamie, declarou à AFP que os voos foram retomados desde as 7:00 locais.

"Retomámos os voos desde as 07:00 (05:00 em Lisboa) e estamos a acompanhar a situação", referiu.

A Jordânia, outro país que faz fronteira com Israel, também anunciou num comunicado que o seu espaço aéreo tinha sido reaberto hoje na manhã.

O chefe da Autoridade da Aviação Civil, Haitham Misto, disse ao canal de televisão estatal Al-Mamlaka que "o espaço aéreo jordano foi reaberto e tudo voltou ao normal", e que as companhias aéreas e os aeroportos foram informados.

"O mais importante é preservar a segurança da aviação civil no espaço aéreo e nos aeroportos, e foi isso que foi feito", afirmou Misto.

O reino jordano foi o primeiro país a fechar completamente o seu espaço aéreo perante a ameaça iraniana de um ataque contra Israel, já que várias companhias aéreas decidiram nos últimos dias suspender os seus voos para Israel.

O ataque, reivindicado pela Guarda Revolucionária Iraniana, foi realizado com cerca de 200 drones e mísseis, a grande maioria dos quais foi intercetada fora do espaço aéreo israelita, e surgiu como resposta à destruição do consulado iraniano na Síria, atribuída a Israel, que destruiu o edifício e provocou 13 mortos, incluindo dois generais do grupo paramilitar iraniano.

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Português residente em Haifa pondera abandonar Israel

Um dos portugueses residentes na cidade de Haifa, no norte de Israel, pondera abandonar o país se a situação piorar. Não quis ser identificado, mas diz que a população está, de certa forma, habituada à iminência de um ataque a Israel.

Ainda assim, afirma que a ameaça do Irão é diferente.

Momento-Chave

Iranianos festejam ataque a Israel nas ruas de Teerão

Foto: Majid Asgaripour/WANA - via Reuters

Em Teerão, parte da população saiu à rua para festejar o ataque. Enquanto alguns se juntaram às celebrações dentro dos próprios carros, outros participaram a pé. Lançaram fogo de artifício e gritaram palavras de ordem contra Israel.

Momento-Chave

Irão adverte Israel e EUA contra retaliação

O Irão avisou Israel de um ataque maior ao seu território, caso este retalie contra o ataque de drones e mísseis de Teerão durante a noite de domingo, acrescentando que Washington foi avisado para não apoiar a ação militar israelita.

"A nossa resposta será muito maior do que a ação militar desta noite, se Israel retaliar contra o Irão", afirmiu o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Major-General Mohammad Bagheri, à televisão estatal, acrescentando que Teerão avisou Washington que qualquer apoio à retaliação israelita resultaria em bases dos EUA como alvo.

O comandante do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica, Hossein Salami, também avisou que Teerão retaliaria contra qualquer ataque israelita aos seus interesses, funcionários ou cidadãos.

Momento-Chave

Brasil pede "máxima contenção" após ataque iraniano

O Brasil pediu "máxima contenção" ao Irão e a Israel, após os ataques iranianos no sábado à noite, e instou a comunidade internacional a mobilizar esforços para "evitar uma escalada".

O Irão lançou ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

O Governo brasileiro está a acompanhar "com grave preocupação" os relatos de lançamentos de `drones` e mísseis do Irão contra Israel, afirma-se num comunicado divulgado esta noite pelo Ministério das Relações Exteriores.

O ministério também destacou que, desde o início do atual conflito na Faixa de Gaza, o Brasil tem alertado para o "potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iémen e, agora, o Irão".

No comunicado, o Brasil não usa palavras de condenação ao ataque iraniano, em contraste com a condenação, na semana passada, do ataque israelita ao consulado iraniano em Damasco, escreveu a agência de notícias espanhola Efe.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

Momento-Chave

Arábia Saudita pede "máxima contenção" para não alargar conflito

A Arábia Saudita manifestou hoje "profunda preocupação" com o ataque sem precedentes do Irão contra Israel, pedindo "máxima moderação" para evitar um alargamento da guerra à região.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros lamentou "a evolução da escalada militar na região e a gravidade das suas repercussões" e exigiu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que "assuma a sua responsabilidade na manutenção da paz e segurança internacionais".

São precisos esforços extraordinários naquela "região extremamente sensível pela paz e pela segurança globais", defendeu a diplomacia saudita.

Caberá às Nações Unidas tomar medidas para "preveinr a escalada de uma crise que terá graves consequências se for alargada".

O Irão lançou hoje um ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

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Yoav Gallant fala em conquista impressionante

O ministro da Defesa de Israel fala numa conquista impressionante do exército israelita em parceria com os aliados norte-americanos.

Momento-Chave

China expressa "profunda preocupação" com situação no Médio Oriente

A China expressou hoje "profunda preocupação" com o agravamento da situação no Médio Oriente, após o ataque do Irão contra Israel, e pediu "calma e contenção".

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês manifestou preocupação "com a atual escalada da situação" na região e apelou a "todas as partes para que exerçam a calma e a contenção".

O Irão lançou no sábado à noite um ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

"Esta é a mais recente manifestação das repercussões do conflito em Gaza. A prioridade máxima é a aplicação efetiva da Resolução 2728 do Conselho de Segurança da ONU e o fim do conflito em Gaza o mais rapidamente possível", indicou o comunicado de Pequim.

A China deixou ainda um apelo à comunidade internacional, "especialmente aos países influentes", para que desempenhem "um papel construtivo na manutenção da paz e da estabilidade regionais".

O Conselho de Segurança da ONU vai realizar uma sessão de emergência hoje, a pedido de Israel, para discutir os ataques iranianos de sábado à noite.

Na semana passada, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, condenou "de forma veemente" o ataque atribuído por Israel ao consulado iraniano em Damasco.

Numa conversa com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, Wang pediu ainda respeito pela soberania do Irão e da Síria e sublinhou "a inviolabilidade" das instituições diplomáticas.

A China reiterou que a recente escalada das tensões é "uma extensão" do conflito na Faixa de Gaza e que a "prioridade imediata" é "acalmar a situação" na região.

Pequim tem manifestado apoio à "causa justa do povo palestiniano para restaurar os seus direitos e interesses legítimos" e à solução de dois Estados, ao mesmo tempo que manifesta consternação pelos ataques contra civis por parte de Israel.

Momento-Chave

Benjamin Netanyahu garante que Israel vai vencer

Benjamin Netanyahu avisa que Telavive vai defender-se contra qualquer ameaça. E atacar também.

O primeiro-ministro garante que Israel vai vencer.

Momento-Chave

Israel confirma abate de 99% das ameaças

A defesa de Israel fez há pouco o ponto de situação do ataque iraniano.

Momento-Chave

EUA ajudaram a abater "quase todos" os projécteis iranianos

O Presidente norte-americano, Joe Biden, declarou no sábado à noite que as forças dos Estados Unidos ajudaram a abater "quase todos" os `drones` e mísseis disparados pelo Irão contra Israel.

Em comunicado, Joe Biden afirmou ainda que vai convocar hoje os homólogos do G7, o grupo dos países mais industrializados, para coordenar uma "resposta diplomática unida" ao "ataque descarado" do Irão.

"O Irão e os seus representantes que operam a partir do Iémen, da Síria e do Iraque lançaram um ataque aéreo sem precedentes contra instalações militares em Israel. Condeno estes ataques da forma mais veemente possível", afirmou.

O Irão lançou `drones` e mísseis contra Israel no sábado à noite, em resposta a um ataque contra o consulado de Teerão em Damasco, Síria, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária Iraniana e seis cidadãos sírios.

Trata-se do primeiro ataque direto da República Islâmica do Irão contra o território de Israel, inimigo declarado.

Biden disse ter falado entretanto ao telefone com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para reafirmar "o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a segurança de Israel".

"Disse-lhe que Israel tinha demonstrado uma capacidade notável para se defender e impedir ataques sem precedentes, enviando uma mensagem clara aos seus inimigos de que não podem ameaçar eficazmente a segurança de Israel", acrescentou, de acordo com o comunicado.

Momento-Chave

Netanyahu e Biden falaram ao telefone sobre ataque do Irão

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, falou hoje ao telefone com o Presidente norte-americano, Joe Biden, sobre o ataque iraniano contra Israel lançado no sábado à noite.

Segundo o gabinete do chefe do Governo israelita, Netanyahu telefonou a Biden após uma reunião do Gabinete de Guerra que acompanhou o ataque sem precedentes do Irão, que lançou centenas de `drones` e mísseis para atingir território israelita.

Joe Biden já tinha manifestado numa mensagem na rede social X o "compromisso férreo" dos Estados Unidos da América com a defesa de Israel contra ataques do Irão ou dos seus parceiros.

Sobre o conteúdo da conversa, o gabinete do primeiro-ministro não revelou pormenores.

A estação de notícias Canal 12 relatou que o Gabinete de Segurança de Israel autorizou o Gabinete de Guerra a decidir como o país irá responder ao ataque de Teerão.

Já hoje, pelas 04:00 locais (02:00 em Lisboa), o Exército autorizou a população a sair dos refúgios e abrigos, depois de confirmar o abate de mais de 200 mísseis, foguetes e `drones` lançados pelo Irão, a maior parte ainda fora do espaço aéreo israelita.

Vão manter-se em vigor restrições à concentração de pessoas em espaços públicos, bem como proibição de excursões escolares, numa altura em que os alunos estão em férias de Páscoa.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

Momento-Chave

Espaço aéreo israelita reaberto

O espaço aéreo israelita, encerrado no sábado à noite pouco antes do ataque iraniano a Israel, reabriu às 07:30 locais (05:30 em Lisboa), anunciou a autoridade aeroportuária.

"De acordo com as diretivas de segurança, o espaço aéreo israelita foi reaberto depois das 07:30 da manhã (04:30 GMT) e o aeroporto Be Gurion está de novo operacional", lê-se num comunicado da autoridade aeroportuária.

O portal na Internet do aeroporto dá conta de atrasos significativos, tanto nas partidas como nas chegadas.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque com `drones` contra Israel "a partir do seu território", confirmou o porta-voz do exército israelita num discurso transmitido pela televisão.

Numa mensagem na rede social X, a missão iraniana junto da ONU alegou que, "de acordo com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas sobre a legítima defesa, a ação militar do Irão foi uma resposta à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco.

As tensões entre os dois países subiram nas últimas semanas, depois do bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

Momento-Chave

Serviços secretos israelitas dizem que Hamas rejeitou proposta de trégua

Os serviços secretos israelitas afirmaram hoje que o grupo islamita palestiniano Hamas rejeitou a última proposta de tréguas apresentada há uma semana no Cairo pelos mediadores.

A rejeição da proposta apresentada pelos três países que estão a mediar as negociações - Estados Unidos, Egito e Qatar - mostra que o chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinouar, "não quer um acordo humanitário, nem o regresso dos reféns", declarou a Mossad, os serviços secretos de Israel, num comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro.

Sinouar "continua a explorar as tensões com o Irão", com o objetivo de "obter uma escalada na região", lê-se no comunicado, publicado poucas horas depois de um ataque sem precedentes de Terão, que disparou `drones` e mísseis na direção de Israel, sem causar danos significativos.

Israel "continuará a trabalhar para atingir os objetivos da guerra contra o Hamas com toda a sua força e dará tudo por tudo para trazer de volta os reféns de Gaza", acrescentou a mesma fonte.

O Hamas tinha dito no sábado ter apresentado a resposta aos mediadores sobre a proposta de trégua com Israel na Faixa de Gaza, insistindo num cessar-fogo permanente.

"O Hamas reafirma as suas exigências e as exigências do nosso povo: um cessar-fogo permanente, a retirada do exército ocupante de toda a Faixa de Gaza, o regresso dos deslocados às suas áreas e locais de residência, a intensificação da entrada de ajuda humanitária e o lançamento da reconstrução", afirmou, em comunicado, o movimento palestiniano, sem rejeitar explicitamente a proposta.

Os emissários de Israel e do Hamas reuniram-se em 07 de abril no Cairo, com representantes do Egito, do Qatar e dos Estados Unidos, para mais uma tentativa de negociação indireta com vista a encontrar um acordo de trégua na Faixa de Gaza, após seis meses de guerra.

Até agora, os protagonistas não tinham respondido claramente ao acordo proposto, que previa a libertação de reféns israelitas detidos em Gaza em troca de detidos palestinianos, acompanhada de um aumento da ajuda humanitária.

Israel opõe-se a um cessar-fogo permanente e à retirada total das forças armadas da Faixa de Gaza e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, diz estar determinado a lançar uma ofensiva terrestre em Rafah, no extremo sul do território palestiniano, que apresenta como o último grande bastião do Hamas.

Netanyahu acusou o Hamas de ser "o único obstáculo" a um acordo que poderia "permitir a libertação dos reféns", citando em particular como principal ponto de desacordo "o fim da guerra e a retirada do exército Israelita da Faixa de Gaza" exigido pelo movimento islâmico.

"O Governo e as forças de segurança estão unidos na sua oposição a estas exigências infundadas", disse o primeiro-ministro israelita num comunicado.

Em 07 de outubro do ano passado, combatentes do Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar o Hamas", que começou por cortes no abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre no norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 33.200 mortos, quase 76.000 feridos e cerca de 7.000 desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais.

Momento-Chave

Reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas marcado

Na rede social X o secretário-geral da ONU apelou já à cessação imediata das hostilidades.

António Guterres condena de forma veemente a escalada da guerra na região. E avisa que "Nem a região nem o mundo podem permitir-se outra guerra."

Ursula von der Leyen fala de um "ataque flagrante e injustificável do Irão a Israel".

A presidente da Comissão Europeia pede ao Irão e aos representantes para que "cessem imediatamente estes ataques".

Reação também de Josep Borrell. O líder da diplomacia europeia escreve que Bruxelas condena o que chama "inaceitável ataque iraniano contra Israel".

E entende que "esta é uma escalada sem precedentes e uma grave ameaça à segurança regional."

O primeiro-ministro britânico condena o "ataque imprudente do regime iraniano contra Israel". Rishi Sunak escreve que "O Irão demonstrou mais uma vez que pretende semear o caos no próprio quintal.

E avisa que o Reino Unido vai continuar a defender a segurança de Israel e de todos os parceiros regionais, incluindo a Jordânia e o Iraque.

A "França condena nos termos mais fortes possíveis o ataque do Irão a Israel"

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros avisa que "Ao tomar uma ação sem precedentes, o Irão ultrapassou um novo limiar nas ações desestabilizadoras"

Espanha admite que acompanha os acontecimentos no Médio Oriente com a maior preocupação. O primeiro-ministro Pedro Sánchez afirma que "a escalada regional deve ser evitada a todo custo".

A maioria dos drones e misseis lançados pelo Irão contra Israel foram intercetados. Telavive garante que 99 por cento dos projeteis iranianos foram abatidos. A defesa israelita acrescenta que apenas um pequeno número de mísseis balísticos ou de cruzeiro atingiu o território.

O ataque foi conduzido a partir do Irão, Iraque e Iémen. De resto, Israel já abriu o espaço aéreo. Assim, como a Jordânia e o Iraque.

Este ataque é uma retaliação pelo bombardeamento que matou um comandante iraniano e subordinados em Damasco, na Síria no início deste mês, que Teerão acusa Israel de ter realizado.

O Irão cita a disposição da Carta da ONU para legítima defesa, nos termos do Artigo 51, e refere que considera o "assunto concluído".

Mas deixa o aviso: se o regime israelita cometer outro erro, a resposta do Irão será consideravelmente mais severa. E aconselha os EUA a ficaram afastados.

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