Depois de ter ameaçado com um “banho de sangue” caso perca as eleições, Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela, impediu este sábado várias delegações internacionais de entrar no país para acompanhar o ato eleitoral que se realiza este domingo.
A Venezuela vai a eleições este domingo, com a oposição a tentar pôr fim a 25 anos de poder socialista liderado por Nicolás Maduro. Um momento que está a ser marcado pela decisão do atual Governo de proibir a entrada de várias delegações internacionais no país para acompanhar este ato eleitoral.
As sondagens apontam para a vitória de Edmundo González. “Vamos ganhar e acreditamos que os militares vão respeitar a vontade do povo”, afirmou o candidato da coligação da oposição de direita aos jornalistas, referindo que “milhões de venezuelanos querem uma mudança”.
Há, no entanto, muita incerteza em torno dos resultados. A “Reuters” recorda que a reeleição de Nicolás Maduro em 2018 foi considerada fraudulenta pelos EUA e por outros países.
O atual presidente, no poder desde 2013, quer conquistar um novo mandato, afirmando que o país tem o sistema eleitoral mais transparente do mundo. Isto depois de ter alertado que haverá um “banho de sangue” se perder, levando líderes, como Lula da Silva, presidente do Brasil, a afirmar que ficou “assustado com essa afirmação” e a pedir respeito pelo processo democrático.
Já este sábado, o Governo venezuelano impediu várias delegações internacionais, além do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) em que estava integrado o eurodeputado Sebastião Bugalho, de entrar na Venezuela para acompanhar as eleições presidenciais no domingo, noticiou a agência de notícias EFE, citada pela Lusa.
Entre esses grupos, está aquele formado por antigos presidentes latino-americanos e uma ex-vice-presidente, que não puderam viajar para a Venezuela na sexta-feira depois de o avião da companhia aérea Copa Airlines em que viajavam ter sido impedido de descolar do Panamá.
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