Órban acusa UE de tratar agricultores de forma injusta

7 meses atrás 59

"Não é justo para os agricultores europeus que, enquanto Bruxelas impõe regras que tornam a produção cada vez mais cara, permita a entrada de produtos agrícolas de países onde essas regras não se aplicam", disse Viktor Orbán hoje em Budapeste.

O primeiro-ministro húngaro afirmou que, na quinta-feira, à margem da cimeira da UE, falou com agricultores que protestavam em Bruxelas, perto do hotel onde ficou instalado, "na sua maioria espanhóis".

Orbán referiu que a produção dos agricultores europeus está a tornar-se cada vez mais cara e que "desta forma" não podem competir.

"Os produtos ucranianos, por exemplo, não deveriam ser autorizados a entrar", afirmou o líder da extrema-direita húngara, que mantém uma relação tensa com a vizinha Ucrânia.

Segundo Orbán, os agricultores com quem falou em Bruxelas pediram aos responsáveis polacos, eslovacos e húngaros que bloqueassem ou impedissem o transporte de produtos ucranianos.

Orbán acrescentou que na cimeira "houve um grande debate sobre este assunto e muitos apelaram à Comissão (Europeia) para que deixasse de aplicar estas regras".

A Comissão Europeia tenciona apresentar nas próximas semanas uma proposta destinada a reduzir os encargos administrativos dos agricultores, uma das exigências do setor.

Os agricultores de muitos países da UE, de Espanha e França à Alemanha e Roménia, protestam, contra o aumento dos custos de produção e contra os acordos de comércio livre da UE com outras regiões que oferecem preços mais baixos.

Os protestos dos agricultores mantêm-se também em Portugal.

Hoje, os acessos à Ponte Vasco da Gama, que liga Alcochete a Lisboa, estiveram condicionados no sentido Sul-Norte devido a uma concentração de agricultores nas zonas de Alcochete, Montijo e Moita, disse à Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana.

Por outro lado, agricultores concentrados em Coimbra desde quinta-feira adotaram novas formas de protesto, designadamente buzinões e marcha lenta na Baixa da cidade.

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