“Os náufragos do Wager”

2 horas atrás 14

De naufrágios está o mar cheio, mas algo de diferente haverá para o jornalista David Grann ter dedicado anos de pesquisa ao que terá acontecido a este navio.

Em janeiro de 1742, uma barcaça rudimentar, com 30 homens moribundos, deu à costa no Brasil. Eram sobreviventes do Wager, um navio de guerra britânico que deixara a Inglaterra em 1740 com uma missão secreta – perseguir e capturar um galeão espanhol cheio de tesouros – e naufragara ao largo da Patagónia. Seis meses depois, uma jangada ainda mais decrépita chegava ao Chile. A bordo, vinham mais três náufragos do Wager.

De naufrágios está o mar cheio, pelo que algo haverá de diferenciar este de outros, ao ponto de o jornalista David Grann ter dedicado anos de pesquisa ao que terá acontecido a este navio. O mistério ainda não estará totalmente resolvido, mas o autor procura explicar por que razão o relato dos acontecimentos que levaram à perda do Wager são contraditórios entre os dois grupos de sobreviventes; terá sido um acidente ou o resultado de um motim a bordo?

Ao narrar o julgamento que teve lugar, neste “Os náufragos do Wager”, o autor dá-nos o contexto político e social da Inglaterra imperialista. A edição portuguesa, traduzida por Vasco Teles de Menezes, é da Quetzal.

David Grann (Nova Iorque, 1967) é ainda escritor residente da revista “The New Yorker” e autor de, entre outros, “A Cidade Perdida de Z”, “A Escuridão Branca” e “Assassinos da Lua das Flores” (finalista do National Book Award e vencedor do Prémio Edgar Allan Poe) – que foi adaptado ao cinema por Martin Scorsese, o que voltará a acontecer com este seu mais recente livro, que conta com Leonardo DiCaprio no elenco.

Ler artigo completo