“De nada serve o estado comprar 0,24% ou 1,95%. Se a gestão continuar a ser privada o problema mantém-se”, atirou Bruno Dias do PCP.
O PCP defende que os CTT precisam de ser nacionalizados e o Chega questionou se o partido foi informado da operação de compra das ações dos correios portugueses, a mando do Governo.
“De nada serve o Estado comprar 0,24% ou 1,95%. Se a gestão continuar a ser privada o problema mantém-se. País precisa de nacionalização dos CTT”, sublinhou Bruno Dias do PCP, sugerindo o retrocesso do processo que ficou concluído em 2014.
O deputado do PCP falou ainda nos “moços de recados do grupos económicos fazem de conta que estão contra o sistema , mas são o que mais sujo e mais podre o sistema tem”.
Por sua vez, André Ventura apontou que quando Bruno Dias se refere a “sujo” certamente não fala sobre “a sede do Chega” porque não é esta “que está a ser investigada por financiar o partido ilegalmente”. “É a vossa”, atirou ao deputado do PCP.
“Antes de falarem de donativos digam quanto estão a tirar ao povo português. Há anos que ocuparam sedes, ocuparam territórios, querem isenção de impostos, não pagaram indemnizações e não fazem nada”, destacou Ventura.
Sedes à parte, Ventura frisou que, da intervenção de Bruno Dias, não se percebeu se “houve ou não acordo com o Partido Socialista”. “PCP foi informado da operação dos CTT?”, questionou.
Em resposta a Ventura, Bruno Dias afirmou que “quando o Chega, que é financiado pelos principais acionistas dos CTT, rasga as vestes de indignação quando se denuncia a ruinosa gestão privada que beneficia os financiadores do Chega e procure transformar o debate político que ele próprio convocou num lamaçal em que provavelmente estará mais à vontade. O esclarecimento foi feito e acabamos de o fazer”.