Paixão, Reisão e manutenção!

4 meses atrás 72

O Boavista cumpriu os serviços mínimos na receção ao Vizela (2-2) e garantiu a manutenção, num jogo sublinhado por três palavras: paixão, manutenção e Reisinho Reisão (!). O médio - no último lance do jogo, de penálti - deu o saboroso empate ao conjunto axadrezado.

Um jogo inconstante, com muitas ausências, poucas soluções e que reflete a época boavisteira, que ficou - não obstante - traduzida num momento de euforia, por um jogador que 'apenas' nasceu este ano no Bessa.

Em relação ao jogo, Jorge Simão - limitado nas opções - foi obrigado a mexer e operou várias mudanças em relação à partida no Dragão: Agra jogou a lateral direito, Joel, Vukotic e Reisinho atuaram no meio campo e Onyemaechi a extremo esquerdo. Do lado visitante, de la Barrera também mexeu, com destaque para a titularidade de Quina a falso ponta de lança.

Desilusão...

Bancadas do Bessa estiveram muito bem compostas @Catarina Morais / Kapta +

A festa nas bancadas e o forte apoio - adeptos do Boavista apresentaram-se em excelente número no Bessa - rapidamente transformou-se em desilusão. Não só pelo resultado - e pelos resultados em Estrela e em Faro -, mas também pela exibição pobre da equipa, que apenas criou perigo através da bola parada. Em contraste, o Vizela deu continuidade ao bom desempenho da última jornada e justificou, em pleno, a vantagem ao intervalo.

Isto porque, antes do golo, o emblema minhoto esteve melhor e deu vários sinais do que viria a acontecer aos 30 minutos. Tomás Silva, ao minuto 18, foi o primeiro a assustar João Gonçalves - algo nervoso na abordagem aos lances - com um chapéu de pouca força, depois seguiram-se tentativa infrutíferas de Domingos Quina, Samu Silva e Diogo Nascimento, até chegar o momento de Lebedenko.

Vizela inaugurou o marcador ao minuto 30 @Catarina Morais / Kapta +

Matheus Pereira cruzou com qualidade e o ucraniano, à ponta de lança, surgiu no seio da defesa para cabecear forte e sem hipóteses para o jovem guardião do Bessa.

Ainda assim, as más notícias não paravam de cair no Bessa: mais a sul, Estrela e Portimonense venciam os respetivos jogos, o que restava o (mínimo) objetivo para os segundos 45 minutos: o golo do empate. E para tal... muito era preciso mudar.

... e muito coração!

As panteras entraram com tudo no segundo tempo - muito coração do lado axadrezado - e o golo não tardou. Depois das ameaças de Bozenik - defesa segura de Buntic -, de Sasso, com um disparo ao lado, chegou o golo.

@Catarina Morais / Kapta +

Aos 53', na sequência de um canto largo de Salvador Agra, Bruno Onyemaechi acertou em cheio no poste e, na ressaca, Joel Silva disparou um autêntico foguete para a baliza de Buntic: que remate potente do jovem médio! A reação do Boavista foi notável, mas o Vizela - paciente e tranquilo com bola - não demorou a responder.

Numa transição rápida, Lacava assistiu Matheus Pereira que, após uma entrada a todo gás pelo meio da defensiva axadrezada, só teve de encostar para o empate. A partir daqui, o Boavista - sem surpresas - assumiu as rédeas e voltou à carga. Sasso, aos 73', de cabeça, atirou ao lado, aos 78', 79' e 82', Bozenik - de todas as formas e feitios - também vacilou e apenas no último lance tudo mudou.

Tomás Silva desviou a bola com o braço dentro de área e Miguel Reisinho, com toda a frieza, não deu hipóteses a Buntic.

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