PAN acusa justiça de tentar "contaminar atos eleitorais sucessivamente"

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fundamental que a justiça, por um lado, prossiga o seu rumo, mas por outro, que também não esteja a contaminar atos eleitorais sucessivamente. Nós temos duas semanas de campanha, estamos a escassos dias do ato eleitoral e, por isso, é para nós incompreensível", afirmou a líder do PAN, Inês Sousa Real, em declarações na Assembleia da República.

Para a deputada única do PAN, a proximidade da constituição como arguido do antigo secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales e as próximas eleições europeias não credibiliza o Ministério Público e que as diligências poderiam ter sido tomadas mais tarde por não haver "um risco iminente".

O PAN lembrou que "estas buscas são marcadas no dia em que, precisamente, ia ser ouvido Lacerda Sales na Assembleia da República" e que, "por isso mesmo, parece que o Ministério Público está aqui a correr em pista própria".

"Não é pelo facto de o PAN não só ter, neste caso, membros do anterior Governo como opositores nestas eleições a concorrerem que vamos deixar, de alguma forma, de censurar esta que tem sido uma mediatização da justiça que contamina atos eleitorais", reiterou Inês Sousa Real.

A deputada do PAN criticou o que diz ser um "circo mediático" e lamentou que haja "quem vá cavalgar essa onda de populismo" para "para tirar proveito deste caso".

Questionada sobre a condenação do ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado, Inês Sousa Real afirmou que é um "caso que vem demonstrar que há ninguém que esteja acima da justiça" e lamentou a demora do processo.

"O PAN defende que precisamos de robustecer os meios atribuídos à justiça, garantir que os mega processos conseguem ser desmaterializados e que conseguimos ter gabinetes de apoio técnico a apoiarem os magistrados que decidem estes processos para que não vejamos tanto tempo entre aquilo que é a prática dos crimes, a investigação e depois a fase do julgamento e da condenação", acrescentou.

O ex-secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales foi constituído arguido na segunda-feira no âmbito da investigação ao caso das gémeas que foram tratadas no Hospital Santa Maria, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

Também esta quinta-feira, o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado foram hoje condenados a penas de 10 anos e de seis anos e três meses de prisão, respetivamente, no julgamento do Caso EDP.

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