PAN e Livre com pontos em comum e críticas à mistura

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Concordam em haver uma reforma na justiça, mas divergem no que diz respeito às incoerências de cada partido. Tavares acusa Inês Sousa Real de compactuar com “um governo que tem 48 anos de descaso com o ambiente, de desordenamento do território e de maus tratos a animais também”.

Rui Tavares, do Livre, e Inês de Sousa Real, líder do PAN, estiveram frente a frente num debate transmitido na RTP3 e no qual procuraram marcar as suas diferenças. Começando pela justiça, passando pela Madeira e terminando nos impostos, houve sintonia mas também ataques de parte a parte.

No que toca à justiça e sobre se é preciso repensar uma reforma nessa área, Rui Tavares respondeu que sim, acrescentando que há que aproveitar “os 50 anos do 25 de abril para fazer face àquilo que neste momento é mais do que uma crise política. Há várias coisas que não estão certas”, frisou o líder do Livre. Tavares defendeu um “grande debate nacional” sobre o assunto “que envolva os atores do poder judicial”.

Por sua vez, Inês de Sousa Real vincou que é necessário “um reforço de meios na justiça e precisamos de ter uma justiça quer do quotidiano, quer nos grandes processos de corrupção”. “De facto há matérias que têm ficado para trás no âmbito desta legislatura. Recordo que o PAN tinha proposto a regulamentação do Lobbying e o reforço da transparência e que por um aditamento do PSD essa proposta não foi votada”, sublinhou a líder do PAN.

Quando confrontado sobre as acusações do PAN ao Livre relativamente à alegada incoerência em matéria ambiental e defesa dos animais, Rui Tavares afirmou que o partido “apresentou muitas propostas”, à semelhança do PAN, e “votamos a favor na vastíssima dessas propostas”.

Posto isto, passou ao ataque ao dizer que “incoerência há quando se diz que é possível apoiar um governo na Madeira, um governo que tem 48 anos de descaso com o ambiente, de desordenamento do território e de maus tratos a animais também”.

Em resposta, Inês de Sousa Real destacou que, “no que diz respeito à Madeira, o PAN é uma força política útil à democracia. Demonstramos que os portugueses, neste caso os madeirenses e portosantenses, não têm que estar reféns da maioria absoluta”.

No que toca aos impostos, Rui Tavares frisou que “temos de ter um sistema fiscal progressivo”, no qual aqueles que mais podem pagar ajudam “o país a ter mais dignidade”. Já Inês Sousa Real e o PAN pretendem “taxar quem mais lucra e mais polui, precisamente para aliviar as famílias; fizemo-lo quando inserimos a taxa de carbono sobre a aviação”.

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