Parlamento Europeu. Roberta Metsola reeleita presidente com maioria absoluta

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16 jul, 2024 - 11:33 • Pedro Mesquita

A maltesa Roberta Metsola tornou-se presidente do Parlamento Europeu em janeiro de 2022 e vai para segundo mandato à frente daquele organismo.

Roberta Metsola foi, esta terça-feira, reeleita presidente do Parlamento Europeu (PE) e vai iniciar um novo mandato.

À primeira tentativa, o voto de 562 eurodeputados – muito mais do que os 50% dos votos exigidos – garantiram a sua reeleição, numa decisão agora anunciada em Estrasburgo.

A adversária de Metsola, a espanhola Irene Montero, da Esquerda Europeia, teve o apoio de apenas 61 eurodeputados.

A maltesa tornou-se presidente do Parlamento Europeu em janeiro de 2022, na altura eleita com cerca de 458 votos favoráveis entre os 705 deputados.

Nas primeiras declarações após a vitória, Metsola sublinhou que conta com todos para uma Europa mais forte.

A marcar este dia, além da eleição da presidente do Parlamento Europeu, há uma visita relevante, a de António Costa, que só em dezembro assumirá as funções de presidente do Conselho Europeu em Estrasburgo.

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Ao que a Renascença apurou, Costa vai reunir primeiro com Roberta Metsola, a reeleita presidente do PE, eventualmente também com Ursula Von der Leyen, e depois, com os eurodeputados do grupo Socialista e Democrata, de que faz parte o PS.

Muito se especula, nos corredores do Parlamento Europeu, sobre o objetivo desta reunião e a tese mais forte sugere que António Costa tentará convencer os eurodeputados da sua família política a votarem na próxima quinta-feira a favor da reeleição de Ursula Von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia.

De recordar que o voto é secreto e, por vezes, há votos contra até da própria família politica.

Os chamados 'top jobs' foram negociados em pacote pelo PPE, Socialistas e Liberais. A primeira parte do acordo já se cumpriu: Costa foi eleito presidente do Conselho Europeu.

Von der Leyen tem, portanto, ainda de ir a votos no Parlamento Europeu, ou seja, nada estará decidido até que se conheça o resultado da votação e é frequente existirem surpresas. Por exemplo, na eleição para o primeiro mandato, houve eurodeputados do PPE a votarem contra a atual presidente da Comissão, que também é do PPE.

António Costa deverá tentar explicar aos eurodeputados socialistas a importância de votarem em Ursula Von der Leyen, cumprindo assim o acordo prévio alcançado em Bruxelas, para assim evitar uma crise política na União Europeia.

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