Partes de Berlim vão ter de repetir eleições de 2021 devido a erro

9 meses atrás 81

O tribunal constitucional federal alemão ordenou, esta terça-feira, que a eleição nacional de 2021 seja repetida em partes da cidade de Berlim, depois de erros burocráticos nos boletins de voto terem levado a problemas durante a votação em certas zonas da capital.

O resultado não deverá trazer uma mudança significativa quer ao Bundestag, o parlamento alemão, quer à coligação que forma o governo cada vez mais impopular de Olaf Scholz, o chanceler alemão.

Apesar das sondagens indicarem um apoio partidário completamente diferente do que em outubro de 2021, com três dos dois partidos da coligação de Scholz em queda livre, a verdade é que o voto de apenas um quinto dos votos da capital não tem grande influência.

A decisão do tribunal constitucional aplica-se a 455 dos 2.256 pontos de voto na cidade, sendo que o parlamento já tinha votado a favor da repetição no ano passado, embora a decisão da justiça abranja mais locais de voto. A nova eleição ficou marcada para o dia 11 de fevereiro.

O caso remonta às eleições federais a 26 de outubro de 2021, quando a população de Berlim votou quatro vezes: para o parlamento nacional, para o parlamento estatal, para as 12 assembleias de distrito da cidade e para um referendo local. A maratona de Berlim também decorreu no mesmo dia, o que complicou a logística da ida às urnas.

Alguns locais de voto ficaram sem papel para todas as votações, enquanto que alguns pontos receberam boletins relativos a distritos diferentes, levando a que vários votos ficassem inválidos.

Além disso, as sondagens à boca das urnas foram lançadas quando alguns eleitores ainda estavam na fila, à espera do fecho das urnas às 18h00 para votar.

Os problemas no voto foram mais um episódio de crescente frustração dos alemães com questões burocráticas que, nos últimos anos, têm-se tornado mais confusas e complicadas. A frustração cresce quando considerado o histórico orgulho que a sociedade civil alemã tem na sua organização burocrática - embora Berlim tenha sempre fugido a essa norma.

A eleição estatal já era por si só uma repetição de fevereiro. O resultado levou a uma mudança no governo da região, com o governador conservador Kai Wegner a substituir Franziska Giffey, do partido social-democrata de centro esquerda. Berlim é uma de três cidades alemãs com um próprio estado, a par de Hamburgo e Bremen.

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