Partido Comunista da África do Sul acusa Zuma de "contra-revolução"

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"Zuma é um contra-revolucionário", afirmou à imprensa local o secretário-geral do SACP, Solly Mapaila, sublinhando que o ex-chefe de Estado sul-africano "desrespeitou as raízes do antigo movimento de libertação ao usar o seu braço armado para mostrar a sua desaprovação pela atual liderança do Congresso Nacional Africano", presidido por Cyril Ramaphosa, que é também Presidente da República.

"O que Zuma empreendeu, nomeadamente ao mobilizar antigos combatentes do uMkhonto weSizwe (MK) ["A Lança da Nação", em isiZulu, nome do braço armado do ANC (1961-1994)], é um ato contrarrevolucionário, devemos dizer o que é, não há nada além disso", frisou.

Jacob Zuma, 81 anos, envolvido em vários escândalos de corrupção, incluindo um caso de alegado suborno na Justiça com mais de 20 anos, envolvendo o fabricante de armamento francês Thales, não saiu do partido, mas anunciou no mês passado que não votaria pelo ANC, apelando ao voto num pequeno partido radical recentemente registado de nome Umkhonto We Sizwe (MK).

O dirigente comunista sul-africano declarou ainda à imprensa sul-africana que o SACP, o principal aliado do ANC na aliança governativa juntamente com a confederação sindical COSATU, se "arrependia de ter apoiado a candidatura de Zuma à presidência da República da África do Sul".

Na ótica de Solly Mapaila, o ex-Presidente sul-africano e antigo líder do ANC foi "pioneiro na captura do Estado [nome dado localmente à grande corrupção pública] e permitiu que políticos corruptos se infiltrassem em entidades governamentais".

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