Partido de extrema-direita sueco acusado de usar contas falsas nas redes

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Um jornalista de um programa investigativo da TV4 identificou as contas em redes sociais alegadamente controladas pelo departamento de comunicação do partido de extrema-direita.

O partido também terá recorrido a inteligência artificial para atribuir comentários a figuras políticas que nunca os teriam dito, como declarações falsas sobre gangues feitas numa conta da rede social Tiktok, atribuídas à líder da oposição, Magdalena Andersson.

Desde as primeiras revelações desta investigação, cujo primeiro episódio foi divulgado em 07 de maio, choveram críticas sobre o primeiro-ministro, Ulf Kristersson, e sobre o seu Governo, acusado de não querer tomar medidas concretas para responsabilizar o partido de extrema-direita.

"Kristersson mostra que não se preocupa em proteger a democracia sueca contra a sabotagem constante dos Democratas Suecos. Ele não está preparado para arriscar o apoio do SD e, portanto, a sua própria posição como primeiro-ministro", criticou num editorial o jornal diário Dagens Nyheter.

A investigação revelou ainda que as contas falsas nas redes sociais também foram utilizadas contra outros partidos da coligação governamental apoiada pelo SD.

Uma dessas contas divulgou uma mensagem ridicularizando o líder do Partido Liberal e ministro do Trabalho, Johan Pehrson.

Em conversa com um jornalista da TV4, um funcionário do departamento de comunicação do partido descreveu a organização como uma "fábrica de 'trolls'", referindo-se a contas cujo objetivo é denegrir a imagem de pessoas e instituições.

Kristersson já pediu ao partido de extrema-direita que responda a perguntas sobre estas "práticas perigosas".

"Oponho-me completamente à difamação de opositores políticos e partidos da coligação. Sou totalmente contra as contas falsas, que podem ser muito perigosas", disse o chefe do Governo durante uma conferência de imprensa.

O líder do partido de extrema-direita, Jimmie Akesson, classificou a investigação como uma "operação de influência interna", num vídeo divulgado na rede social YouTube.

"Esta é uma operação de influência interna levada a cabo por todo o 'establishment' liberal de esquerda", denunciou Akesson.

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