Pashinian propõe a Baku um acordo de controlo mútuo de armas

8 meses atrás 75

"Vamos assinar um acordo de controlo mútuo de armas", disse Pashinian, citado pela agência noticiosa arménia News.am, assegurando que a proposta é "mais um passo" para reduzir as tensões entre os dois países, 

"A fim de garantir a segurança, propusemos a retirada mútua das tropas das fronteiras definidas na declaração de Almaty, para neutralizar o perigo de confrontos. O Azerbaijão recusou. Propusemos a desmilitarização das regiões fronteiriças. O Azerbaijão também recusou", explicou.

Desta forma, prosseguiu, o controlo mútuo de armas poderá ser uma possibilidade de garantia de segurança de ambas as partes com base num equilíbrio de forças.

"O problema que nos preocupa é que o Azerbaijão, por um lado, afirma que está a reforçar o seu exército, pondo em causa a integridade territorial da Arménia, e, por outro lado, afirma que a Arménia compra armas à França e à Índia. Isto não tem lógica", afirmou.

Pashinian criticou também as autoridades azeris por negarem à Arménia a possibilidade de desenvolver o seu exército, o que, no seu entender, significa que o direito à existência da Arménia "está a ser posto em causa". 

"Isto é inaceitável. Por vezes, quando vemos as propostas do Azerbaijão, ficamos com a impressão de que está a tentar criar um documento que legitime futuras guerras. Isto não é lógico. Se queremos sinceramente alcançar a paz, é necessário discutir todas estas questões", acrescentou.

"Infelizmente, até agora, a Arménia e o Azerbaijão têm falado línguas diplomáticas diferentes", concluiu Pashinian.

A Arménia e o Azerbaijão, antigas repúblicas soviéticas, já travaram duas guerras pelo controlo desta região disputada, maioritariamente povoada por arménios, uma na década de 1990 e outra em 2020.

Nagorno-Karabakh foi anexado ao Azerbaijão em 1921 pelo poder soviético, mas é habitado sobretudo por arménios.

Este enclave montanhoso foi no passado palco de duas guerras entre as antigas repúblicas soviéticas do Azerbaijão e da Arménia: uma de 1988 a 1994 (30.000 mortes) e outra no outono de 2020 (6.500 mortes).

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