Pedro Nuno Santos e as mexidas no IRS: “Não havia motivos para que o Governo faltasse ao compromisso”

1 mes atrás 46

Garantimos uma redução de IRS que distribui de uma forma mais justa o dinheiro devolvido às famílias”, começou por referir o líder da oposição em reação à decisão do Governo no sentido de mexer nas tabelas de retenção na fonte para acomodar a descida do IRS promulgada pelo Presidente da República esta semana.

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, reagiu nas redes sociais à decisão do Governo em mexer nas tabelas de retenção na fonte para acomodar uma descida do IRS e considerou que não existiam motivos para que o Executivo adiasse essas alterações para o próximo ano.

O Governo vai aprovar novas tabelas de retenção na fonte que refletirão a redução de taxas do IRS, após a promulgação do diploma pelo Presidente da República, para entrar vigor em setembro e com retroativos.

Além disso, vai ser também aprovado “um mecanismo para fazer retroagir essa redução das taxas de IRS, que terá em conta as retenções na fonte já aplicadas sobre os rendimentos do trabalho e pensões”.

“Hoje, os Portugueses saem a ganhar com uma decisão que beneficia a maioria, em particular a classe média, como o PS sempre defendeu. Garantimos uma redução de IRS que distribui de uma forma mais justa o dinheiro devolvido às famílias”, começou por referir o líder da oposição.

Destacou Pedro Nuno Santos que “a decisão do Governo de aprovar novas tabelas de retenção na fonte para refletir a lei que determina a redução do IRS aprovada pela Assembleia da República e promulgada pelo Presidente da República, é um desfecho natural. Não havia motivos para que o governo faltasse ao seu compromisso de baixar o IRS ainda este ano”.

IRS: novas tabelas avançam já e com retroativos

O Governo vai avançar já com as novas tabelas de retenção na fonte que irão refletir a redução das taxas do IRS, de acordo com comunicado do Ministério das Finanças divulgado esta sexta-feira.

O Ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento realça que “o Governo irá igualmente aprovar um mecanismo para fazer retroagir essa redução das taxas de IRS, que terá em conta as retenções na fonte já aplicadas sobre os rendimentos do trabalho e pensões”.

Num curto comunicado, o Ministério das Finanças adianta ainda que as novas tabelas de retenção na fonte “devem entrar em vigor em setembro”.

A descida do IRS, o diploma que gerava mais expectativa no que diz respeito à sua aprovação por parte do Presidente da República, determina um alívio fiscal em sede de IRS entre 0,25 e 1,5 pontos percentuais até ao 6º escalão de rendimentos.

Segundo simulações da Ilya, esta redução das taxas do imposto traduzir-se-á numa descida da fatura do IRS que será de 10 euros por ano (0,72 euros por mês) num salário bruto de 900 euros, ou de 48 euros anuais (3,44 euros mensais) num salário de 1.000 euros ou ainda de 9,34 euros mensais numa remuneração de 1.500 euros.

Ler artigo completo