“As sondagens são contraditórias neste ponto: todas dizem que o governo governou mal, mas o PS continua a aparecer nas sondagens bem posicionado. Pedro Nuno Santos é se calhar o candidato que melhor resolve este problema porque é socialista por um lado, mas estava ensaiar uma demarcação do governação socialista”, sublinhou José Palmeira, que considera Nuno Santos o candidato vencedor.
As eleições diretas no PS estão a decorrer e o politólogo José Palmeira disse ao Jornal Económico que Pedro Nuno Santos é o candidato que mais de demarca da governação socialista de António Costa.
“As sondagens são contraditórias neste ponto: todas dizem que o governo governou mal, mas o PS continua a aparecer nas sondagens bem posicionado. Pedro Nuno Santos é se calhar o candidato que melhor resolve este problema porque é socialista por um lado, mas estava ensaiar uma demarcação do governação socialista”, sublinhou José Palmeira.
Pedro Nuno Santos tem tentado demarcar-se em assuntos como é o caso dos professores. “Quando ele admite repor o tempo de serviço dos professores isso é contrário do que aquilo que estava a fazer o PS”, afirmou o analista político.
No geral, “parece obvio que será Pedro Nuno Santos [a ganhar as eleições no PS], quer pela dinâmica que temos visto na campanha, quer porque é alguém que já vem a preparar a candidatura há muito tempo”, considerou José Palmeira.
Para o politólogo, Pedro Nuno Santos é “alguém que de facto tem um domínio da maquina muito superior dos adversários e portanto parece-me o vencedor pré anunciado”.
Quanto a Daniel Adrião que se candidata pela quarta vez a secretário geral do PS, José Palmeira afirmou que este é “um outsider do partido”
“É alguém que faz questão de sempre que há um ato eleitoral vincar o posicionamento do sector que é de certa forma minoritário, é um sector mais moderado, mais próximo do PSD. Daniel Adrião não é protagonista de primeiro plano”, afirmou.
Se Adrião é um outsider, José Luís Carneiro é o candidato “desafiante”, na medida em que “a candidatura de Pedro Nuno Santos mais esperada do que a de José Luís Carneiro, que foi de certa forma surpreendente”.
“Da ala de José Luís Carneiro falava-se que Medina era um delfim de António Costa, falou-se em Ana Catarina Mendes, falou-se de Mariana Vieira da Silva. Nunca se falou propriamente de José Luís Carneiro”.
Em caso de ganhar José Luís Carneiro, este representaria “o PS mais tradicional e teria um efeito de continuidade da governação atual do PS”.
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