Pelo menos 14 pessoas morreram e 46 ficaram feridas, incluindo médicos e socorristas num violento bombardeamento esta sexta-feira à cidade portuária de Odessa, na Ucrânia. É a resposta ao ataque fatal que acontecera horas antes em solo russo, na província fronteiriça de Belgorod.
Segundo o governador da região, Vyacheslav Gladkov, pelo menos um civil morreu quando foram atingidos sete edifícios residenciais e duas viaturas na localidade de Grayvoron.
Esta zona tem sido palco de inúmeras ofensivas reivindicadas por combatentes russos pró-Kiev nos últimos dias. O exército russo afirmou ter repelido todas as incursões.
O mesmo não aconteceu em Kaluga, a sudoeste de Moscovo, onde esta sexta-feira mais uma refinaria de petróleo russa foi atingida por um ataque de drones.
O Kremlin acredita que está em curso uma tentativa de perturbar as eleições presidenciais russas, que decorrem entre esta sexta-feira e domingo. Acusa ainda países como França de excesso de envolvimento na Ucrânia.
“A julgar pelas declarações do Presidente [Emmanuel Macron], não se opõe a aumentar o seu nível de envolvimento”, afirma Dmitry Peskov, porta-vos do Kremlin.
Isto depois de o chefe de Estado francês ter defendido que se a Europa quer paz vai ter de estar preparada para a guerra.
"Nunca lideraremos uma ofensiva, nunca tomaremos a iniciativa. A França é uma força pela paz. Simplesmente, hoje, para ter paz na Ucrânia, não devemos ser fracos. Portanto, devemos olhar para a situação com lucidez, e devemos, com determinação, vontade e coragem, dizer que estamos prontos para usar os meios para alcançar o nosso objetivo, que é a Rússia não vencer."
Pelo menos 10 casas em Odessa e alguns equipamentos dos serviços de emergência foram danificados no ataque desta sexta-feira.
Um primeiro míssil atingiu casas e, quando as equipas de emergência chegaram ao local, um segundo míssil caiu na zona.
"O ataque de mísseis russos matou um motorista de ambulância e um socorrista que chegaram ao local após uma explosão inicial para prestar assistência", disse o governador regional, Oleg Kiper, na rede social Telegram.
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