Pelo menos 21 mortos em ataque israelita no sul do Líbano

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Nove pessoas morreram e 38 ficaram feridas -- incluindo três em estado crítico -- num ataque em Haret Saida, um subúrbio da metrópole de Saida localizado a cerca de 60 quilómetros da fronteira com Israel, segundo uma "avaliação final" do Ministério da Saúde.

Um relatório inicial indicou cinco mortos e 13 feridos neste ataque.

Um edifício de três andares foi atingido e o último andar ficou completamente destruído, segundo relatou a agência France-Presse, acrescentando que edifícios vizinhos e dezenas de empresas próximas foram danificados.

O exército libanês bloqueou o acesso à zona, enquanto as ambulâncias transportavam as vítimas, indicou um correspondente da agência noticiosa francesa.

A região é densamente povoada, com pessoas deslocadas de zonas mais a sul que se refugiaram na área. Famílias tiveram de fugir a pé e o ataque não foi precedido por um apelo de Israel para se evacuar a zona.

O exército israelita lançou hoje um apelo para a retirada dos residentes de 10 aldeias no sul do Líbano, antes das operações militares contra o Hezbollah pró-iraniano na zona.

Na cidade de Ain Baal, pelo menos sete pessoas morreram e 24 ficaram feridas num "ataque do inimigo israelita", segundo o Ministério da Saúde.

Entre as vítimas mortais estão três socorristas num centro da Associação al-Rissala, afiliada ao partido xiita Amal, um importante aliado do Hezbollah, mas também uma enfermeira e outras três pessoas que estavam nas proximidades do centro, segundo o relatório.

Nas imediações da cidade de Tiro, cinco pessoas morreram e uma ficou ferida num ataque na cidade de Bourj al-Chemali, segundo o Ministério da Saúde.

O responsável do município de Bourj al-Chemali, Ali Dib, citado pela agência noticiosa libanesa Ani, garantiu que este ataque com 'drones' (aeronaves sem tripulação) ocorreu perto de uma escola ligada à Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA).

"A escola não foi diretamente afetada ou alvo, não há vítimas confirmadas dentro da escola", disse um porta-voz da agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

Há mais de um ano que o Hezbollah e Israel se confrontam na fronteira libanesa.

Em 23 de setembro, o conflito transformou-se numa guerra aberta, com operações terrestres, bombardeamentos no sul e leste do Líbano, bem como nos subúrbios de Beirute.

Pelo menos 1.600 pessoas foram mortas no Líbano em mais de um mês.

A guerra no Líbano desalojou 1,3 milhões de pessoas, incluindo mais de 800 mil dentro do país, segundo estatísticas da ONU.

Mais de meio milhão de pessoas, a maioria sírios, fugiram para a vizinha Síria, segundo as autoridades libanesas.

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