Prefeito de São Paulo é reeleito com 59% dos votos na segunda volta

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De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nunes recebeu mais de 3,3 milhões de votos, número que lhe garantiu mais quatro anos de governação na maior cidade do Brasil, que tem mais de 9,3 milhões de eleitores aptos a votar.

A abstenção, ou seja, o número de eleitores que não foram às urnas apesar de o voto ser obrigatório no país para pessoas com idade entre 18 e 70 anos, ficou acima de 31% do eleitorado da capital paulista.

Nunes, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi apoiado por uma coligação formada por dez siglas de direita e centro-direita: o Partido Progressista (PP), Partido Liberal (PL), Republicano, Solidariedade, Podemos (PODE), Avante, Partido Renovação Democrática (PRD), Mobilização Nacional (Mobiliza) e o União Brasil.

Além dos partidos aliados, contou com o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e recebeu um apoio discreto do ex-Presidente Jair Bolsonaro, que disse que Nunes não era o 'candidato dos sonhos', mas indicou o vice-prefeito eleito, o coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo Ricardo de Mello Araújo.

Na manhã de hoje, Freitas causou polémica ao declarar, numa conferência de imprensa, ao lado de Nunes, na sede do governo regional 'paulista', que a polícia local teria intercetado mensagens atribuídas a elementos do Primeiro Comando da Capital (PCC), maior grupo criminoso do país, em setembro passado, alegadamente a ordenar o voto em Guilherme Boulos, candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que foi derrotado por Nunes.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) afirmou que não recebeu nenhum relatório dos serviços de segurança, nem informação oficial sobre esse caso específico.

Após a conferência de imprensa do governador, Boulos negou qualquer relação com o grupo criminoso e disse que sua equipa apresentou uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acusando Tarcísio de Freitas de abuso de poder político e divulgação de alegada informação falsa.

Ricardo Nunes é um empresário e político brasileiro, filiado ao MDB desde os 18 anos. Foi vereador, vice-prefeito, e tornou-se chefe do executivo da cidade de São Paulo, em 2021, após a morte do então prefeito Bruno Covas.

Ao contrário de Portugal, que adota um sistema de lista fechada, a escolha dos prefeitos no Brasil é feita a partir de um sistema de lista aberta no qual as vagas são conquistadas diretamente pelo candidato mais votado.

A lei eleitoral brasileira prevê votações em duas voltas nas cidades com mais de 200 mil eleitores onde o candidato mais votado não conseguiu superar a metade dos votos válidos (cálculo que exclui votos em branco e nulos).

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