Entre os mortos, informou a agência palestiniana Wafa, incluem-se dois adolescentes de 15 e 16 anos, para além de Osayd Kamal Jabareen, 51 anos, chefe do Departamento de cirurgia do hospital governamental de Jenin, um professor de 48 anos que se dirigia de carro para o trabalho e um estudante de 22 anos.
O Exército israelita indicou que está a efetuar uma "operação antiterrorista" na zona, com base em informações dos serviços secretos internos, e confirmou que investiga "acusações" sobre feridos "não envolvidos", a forma como se refere à população local.
Para além das sete vítimas mortais, outros 19 palestinianos foram feridos esta madrugada, incluindo o jornalista Amr Manasra, atingido por uma bala, para além de seis feridos durante esta tarde, quatro por disparos.
O Crescente Vermelho indicou que as autoridades israelitas, como é habitual, impediram o acesso de equipas médicas aos feridos.
As forças israelitas irromperam de madrugada no campo de refugiados de Jenin com blindados e escavadoras, originando confrontos armados no local e em outros bairros da cidade.
A Cisjordânia ocupada regista a maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005), e desde o início do corrente ano pelo menos 184 palestinianos já foram mortos pelas forças israelitas, incluindo muitos civis e mais de 30 menores.
Do lado israelita morreram em 2024 dez pessoas em oito ataques palestinianos, incluindo quatro militares e seis civis, três deles colonos.
O ano de 2023 foi o mais letal em duas décadas, com mais de 520 mortos. Após o ataque do Hamas de 07 de outubro, o Exército israelita intensificou as suas frequentes incursões na Cisjordânia ocupada, provocando 513 mortes entre os palestinianos, incluindo uma dezena vitimadas por ataques de colonos.