Penálti nos descontos alegra arranque do ano catalão

A 1ª parte foi paupérrima, mas Xavi fez o seu trabalho ao intervalo e o Barcelona conseguiu a reviravolta nas Ilhas Canárias e venceu o Las Palmas por 1-2, não deixando os líderes Girona e Real Madrid fugir ainda mais na La Liga.

Nas Ilhas Canárias, o Barcelona procurava começar o ano de 2024 da melhor forma possível, mas tinha pela frente um difícil Las Palmas, que vinha sendo uma das principais surpresas da La Liga esta época e que tinha, por isso, uma palavra a dizer, principalmente frente a uns campeões fragilizados.

Cedo se percebeu o porquê do Las Palmas ter essa fama e a turma das Canárias entrou muito bem, pressionando altíssimo e dificultando a vida do Barcelona na construção, fazendo uma marcação cerrada aos três médios catalães. No ataque, o Las Palmas tinha processos simples, mas isso foi suficiente para chegar ao golo inaugural, por Munir, que aproveitou um cruzamento de Sandro Ramírez e uma saída incompleta de Iñaki Pena para fazer o 1-0.

O Barça, de resto, foi sempre muito precipitado com bola, tentando um jogo mais direto para tentar explorar essa pressão alta caseira, mas o Las Palmas controlou bem a profundidade e os comandados de Xavi foram quase inofensivos na 1ª parte, ao ponto de não fazerem qualquer remate. Contudo, a ida aos balneários fez bem aos campeões. Gundogan subiu mais no terreno, acabou a precipitação e conseguiram ligar melhor o jogo, abrindo o miolo e fazendo carburar a equipa pelo alemão e De Jong.

O golo do empate chegou ao cedo, no primeiro remate do Barcelona no jogo e numa jogada de insistência, finalizada por Ferran Torres e nos 20 minutos seguintes só deu Barcelona, embora a decisão no último terço deixasse a desejar. Para o último quarto de hora, o Las Palmas acreditou que podia aproveitar essa ambição do Barcelona, voltou a atacar mais (teve muitas dificuldades até aqui) e o jogo abriu.

Já com João Félix (assim como o estreante Vítor Roque) em campo - suplente utilizado, entrou aos 72', enquanto Cancelo saiu lesionado aos 11' -, o internacional português fez a equipa crescer com bola e acabou por ser decisivo, passando pelos seus pés o lance que deu na expulsão de Singkraven e penálti a favor do Barcelona, já nos descontos, aos 90+1. Chamado a converter, Gundogan não tremeu e fez o 1-2 final, para o Barcelona não deixar os líderes fugir ainda mais.