Pentágono. Inspetor-geral anuncia investigação após internamento secreto

O inspetor-geral no Departamento de Defesa (DoD) dos Estados Unidos, Robert P. Storch, anunciou, na quarta-feira, que investigará as responsabilidades do Pentágono no que diz respeito à hospitalização secreta do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na sequência do diagnóstico de cancro da próstata.

“O objetivo da investigação é examinar as funções, processos, procedimentos, responsabilidades e ações relacionadas com a hospitalização do secretário de Defesa, de dezembro de 2023 a janeiro de 2024, e avaliar se as políticas e procedimentos do DoD são suficientes para garantir notificações oportunas e apropriadas, e a transição eficaz de autoridade, conforme possa ser justificado perante a indisponibilidade da liderança sénior por problemas de saúde ou outros”, adiantou o responsável, em comunicado.

Austin, de 70 anos, foi diagnosticado no início de dezembro com cancro da próstata, mas não transmitiu essa informação à Casa Branca. Além disso, também não comunicou ao presidente dos EUA, Joe Biden, que tinha sido hospitalizado no dia 1 de janeiro.

De acordo com o secretário de imprensa do Pentágono, Pat Ryder, Austin continua internado no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, mas está bem.

“Está em contacto com a sua equipa sénior e tem acesso total aos recursos de comunicação seguros necessários, e continua a monitorizar as operações diárias do DoD em todo o mundo”, disse, citado pela NBC News, na quarta-feira.

Ryder ressalvou, contudo, que ainda não há data para Austin receber alta.

O responsável já tinha sido hospitalizado a 22 de dezembro, num episódio que o secretário de imprensa do Pentágono classificou de "procedimento eletivo", mas suficientemente sério para que transferisse temporariamente algumas das suas competências e deveres para a sua vice-secretária, Kathleen Hicks, que, tal como a Casa Branca, apenas foi informada dos motivos no dia 4 de janeiro.

É que, recorde-se, o secretário de Defesa voltou a sentir fortes dores, na semana passada, e foi levado de ambulância para o Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, onde foi internado nos cuidados intensivos, entre 1 e 4 de janeiro.

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