PGR lamenta falta de famílias de acolhimento em Portugal

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Portugal tem 95% das crianças acolhidas no âmbito do sistema de promoção e proteção em acolhimento residencial”, sendo este o “o valor mais elevado entre os 42 países”, diz Lucília Gago.

A Procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago, lamentou, esta quinta-feira, na abertura da 7.ª edição do Fórum da Associação Abrigo, no Montijo, a falta de famílias de acolhimento em Portugal, e admitiu que o país tem que melhorar nesta matéria.

Na sua intervenção, a PGR disse ser indispensável uma maior divulgação do recursos às famílias de acolhimento e o aumento de famílias disponíveis, sendo que Portugal, “embora dotado de uma legislação avançada, ocupa um lugar recuado no decretamento dessa medida, reconhecida por especialistas” como tendo “incontáveis vantagens para o bem-estar infantil, relativamente ao acolhimento residencial”.

Lucília Gago fez menção ao mais recente relatório da UNESCO, divulgado em janeiro passado, que referia que o país tem “95% das crianças acolhidas no âmbito do sistema de promoção e proteção em acolhimento residencial”, ou seja, “o valor mais elevado entre os 42 países analisados”.

A PGR explica que a atual legislação prevê que o acolhimento familiar seja a solução preferencial sempre que a criança beneficiária tenha 6 anos.

Contudo, a Lucília Gago sublinhou as “sucessivas fugas, que os lançam na desproteção”, que mais tarde levam a situações de “mendicidade, prostituição, o consumo e a dependência de drogas e de álcool”.

A PGR falava na sessão de abertura do 7.ª edição do Fórum da Associação Abrigo, que decorreu no cineteatro Joaquim de Almeida, no Montijo, no distrito de Setúbal.

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