Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, em entrevista à TVI, abordou o resultado negativo nas eleições azuis e brancos de abril do ano vigente e justificou as motivações da candidatura, apesar da «doença» e das debilidades do ponto de vista físico.
«Sabia da minha doença desde 8 de setembro de 2021. Na altura, não sabia tudo o que sei hoje sobre a minha saúde, mas sabia o meu estado. Quando me candidatei, a minha intenção era fazer um ano e, no final, provocar eleições. Não era como diziam, indicar alguém como sucessor. Sempre fui contra isso e disse que o FC Porto não era uma monarquia», começou por explicar.
Em relação às eleições do FC Porto, o ex-presidente de 86 anos apontou as razões pela candidatura e explicou o facto de ter aceite «ir para a luta» com André Villas-Boas.
«Havia duas coisas que queria muito e que considerava prioritárias, no FC Porto. A primeira era fazer uma academia, e tinha isso em mãos com a Câmara da Maia. É público, um projeto fantástico, com pavilhões, campos... Queria fazer e estava praticamente feito. Depois, como não ganhei as eleições, puseram isso de lado. Quanto a mim, mal, mas, agora, são eles que governam. Achava que era fundamental para a vida do FC Porto.»
«Em segundo, tinha um sonho, que era voltar a ver o FC Porto campeão europeu, e achava que, para isso, era fundamental manter o Sérgio Conceição. Por isso é que, antes das eleições, contratei o Sérgio Conceição, tal como o Pepe. Tenho um contrato assinado pelo Sérgio Conceição e pelo Pepe para jogarem mais este ano», continuou.
«Só me candidatei depois de ver o rumo que as coisas levavam e as pessoas envolvidas na equipa do André Villas-Boas, mas consciente de que estava tudo montado para que houvesse uma tendência clara para o outro lado. Ficava com mais preocupações se tivesse abandonado e não ido à luta. Em democracia ganhar e perder... Espero que ele faça o melhor que puder e seja bom para o FC Porto», finalizou.