Em fevereiro de 2021, onze meses depois do primeiro caso conhecido de covid-19 em Portugal, participei, com um conjunto pessoas (Susana Peralta, Luís Aguiar-Conraria, Alexandre Homem Cristo, Miguel Herdade e muitas dezenas de cidadãos e especialistas) que se juntou para escrever uma carta aberta para que fosse dada “prioridade à escola”. O contexto de saúde pública era complicado, os casos aumentavam e as vacinas ministradas ainda eram milhares, não em milhões. Mas a esmagadora maioria de testes realizados nas escolas davam resultados negativos, numa taxa muito superior à do país. Tentámos argumentar “que a escolha entre a vida dos mais velhos e a educação das crianças e jovens é um falso dilema e que é possível conciliar os direitos à saúde e à educação”.