Planeta entra hoje em ‘default’ de recursos naturais

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A partir de 1 de agosto, o mundo passa a viver a ‘crédito’. Portugal esgotou os recursos naturais no passado dia 28 de maio e a Europa mais cedo, a 3 de maio.

Chegou o dia que não queríamos. O Dia da Sobrecarga do Planeta chegou com 24 horas de antecedência ao ano passado, o que significa que a raça humana esgotou os recursos e serviços naturais mais cedo que em 2023.

E agora? O planeta Terra entrou em default e excedeu a capacidade de gerar os recursos ambientais ao longo do ano. Assim sendo, a partir desta sexta-feira, 2 de agosto, o mundo vai começar a utilizar os recursos que só deveria começar a consumir a 1 de janeiro de 2025. Posto isso: o mundo está a consumir 70% do que a natureza oferece.

No entanto, e apesar do globo ter chegado a este ponto ao dia de hoje, Portugal entrou neste default muito mais cedo. Dados da Global Footprint Network evidenciam que Portugal esgotou os recursos naturais a 28 de maio, estando a viver a crédito há 66 dias.

Por sua vez, a Europa esgotou ainda mais cedo, a 3 de maio. Se todo o planeta seguisse os padrões de consumo da União Europeia, os recursos naturais mundiais seriam esgotados todos nesse dia.

Dados recentes mostram que a produção global de resíduos eletrónicos atingiu as 62 milhões de toneladas em 2022, uma capacidade que permite encher 24.800 piscinas olímpicas.

A Associação Zero nota que ao reduzir o desperdício alimentar para metade, o mundo conseguiria recuar a sobrecarga em 13 dias, sendo que a redução da pegada carbónica para metade permitira um recuo de 93 dias, até novembro.

O Qatar foi o primeiro país a esgotar os recursos naturais que o mundo oferece, a 11 de fevereiro. Seguiu-se, de perto, o Luxemburgo a ficar a créditos a 20 de fevereiro. Tudo indica que o Equador e a Indonésia sejam os últimos países a entrar em default, a 24 de novembro.

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