PMI da zona euro em máximos de onze meses à boleia dos serviços

6 meses atrás 79

O sector terciário continua a impulsionar a economia europeia e a compensar as dificuldades sentidas do lado da indústria, onde a produção continua em queda.

A zona euro continua a dar sinais de melhoria da atividade, colocando-se em linha para voltar ao crescimento no segundo trimestre à boleia de um sector dos serviços forte e em expansão, embora ainda pressionado por tensões inflacionistas, e da recuperação na Alemanha.

O índice de gestores de compras (PMI) para a moeda única em abril voltou a subir, chegando a 51,4 depois dos 50,3 de março. A confirmar-se esta leitura rápida, é o segundo mês consecutivo em terreno de expansão da atividade (ou seja, acima de 50 pontos) e o valor mais elevado para o indicador desde maio do ano passado, isto após largos meses de contração e estagnação.

Apesar da melhoria no indicador composto, as assimetrias por sector agravaram-se. A indústria continua a pesar na economia, voltando a registar produção em queda com o subindicador a cair de 46,1 para 45,6. Foi, ainda assim, o ritmo menos pronunciado de queda no output no último ano e as pressões nos custos intermédios continuaram a descer, o que dá algum ânimo num panorama pouco otimista.

Em sentido inverso, o sector dos serviços registou um máximo de onze meses com o subindicador a subir até 52,9 depois de ter ficado em 51,5 no mês anterior. O ritmo de crescimento do emprego neste ramo foi o mais elevado em dez meses e as novas encomendas também cresceram ao ritmo mais acelerado desde maio passado.

Numa nota menos positiva, as pressões inflacionistas mantêm-se com uma dinâmica salarial aquecida e novas subidas nos custos energéticos. Na mesma linha, a confiança dos empresários dos serviços quanto ao próximo ano tocou mínimos de três meses.

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