Dezenas de apoiantes do partido da Lei e Justiça (PiS), da Polónia, manifestaram-se junto a uma esquadra da polícia de Varsóvia e à residência oficial presidencial contra a detenção de dois deputados, que já exerceram funções de ministro e vice-ministro do Interior.
Segundo o jornal polaco Gazeta, entre os manifestantes esteve o dirigente histórico e ex-primeiro-ministro do país, Jarosław Kaczyński, que descreveu os detidos Marius Kaminski e Maciej Wasik como "presos políticos" e "pessoas que foram condenadas por crimes que não cometeram".
O principal protesto ocorreu junto à esquadra da polícia de Grochow, com os manifestantes a tentarem invadir o local.
Os deputados, sublinhe-se, foram detidos pela polícia na noite de terça-feira, após se terem refugiado na residência do presidente Andrzej Duda. Em causa esteve o facto de um tribunal ter negado os pedidos de suspensão dos processos judiciais que enfrentavam, para que pudessem manter a imunidade parlamentar e os seus assentos.
Marius Kaminski foi condenado por abuso de poder durante o período em que chefiou a Agência Polaca Anticorrupção. Em 2015 foi perdoado por Duda, logo após o PiS ter assumido o poder.
No entanto, o Supremo Tribunal decidiu, no ano passado, que a sentença deveria ser revista e o ex-ministro foi novamente condenado e proibido de exercer cargos políticos durante cinco anos, algo que Kaminski recusou cumprir.
Após a polícia confirmar a existência de um mandado de detenção, o antigo governante acusou os agentes de entrarem em sua casa e "perturbarem a sua família", dirigindo-se depois ao palácio presidencial, acompanhado do outro deputado na mesma situação, Maciej Wasik, ex-vice-ministro do Interior.
Pode ver, na galeria acima, imagens da manifestação.
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