Polícia dispara contra menino de 11 anos que tinha ligado a pedir ajuda

8 meses atrás 89

Um polícia disparou contra um menino de 11 anos que tinha ligado para o número de emergência médica a pedir ajuda às autoridades, no passado mês de maio, no Mississippi, EUA.

Conta o The Washington Post que o polícia respondia a uma chamada relacionada com violência doméstica quando tudo aconteceu.

"Polícia", ouve-se o Greg Capers, do Departamento de Polícia de Indianola a gritar enquanto entra numa casa. De repente, vê-se um menino a entrar na sala, com as mãos na cabeça.

Numa fração de segundos, Aderrien Murry, de 11 anos, que tinha ligado para o 911 (idêntico ao nosso 112) a pedir ajuda, foi baleado no peito pelo polícia, como mostra as imagens da bodycam deste.

"Oh meu Deus!", ouve-se o agente a gritar, enquanto Aderrien grita, levanta-se e corre.

O menino acabou por sobreviver, mas, segundo o The Washington Post, "sofreu um colapso pulmonar, perdeu parte do fígado e ainda ficou com uma costela partida".

A família da criança processou o departamento da polícia, acusando-o de "desrespeito imprudente, negligência grave e de má formação e supervisão dos seus agentes".

Nos últimos sete meses, também pediram repetidamente para que as imagens da bodycam fossem tornadas públicas, o que só aconteceu esta semana, depois de a investigação ser dada como concluída e Greg, que tinha sido suspenso em maio, ter sido reintegrado no departamento.

Segundo o mesmo jornal norte-americano, os investigadores concluíram que "não houve conduta criminosa" por parte do agente e que este devia voltar ao serviço, do qual tinha sido suspenso em maio. Algo com que os familiares do menino não concordam.

"O mundo pode ver agora que os Murry sempre disseram a verdade sobre o que realmente aconteceu. Aquela manhã trágica podia ter sido evitada", disse o advogado Carlos Moore, que representa Aderrien e a mãe, Nakala Murry, no processo.

Como realça o The Washington Post, o vídeo, com cerca de dois minutos, deixa algumas questões em suspenso, como por exemplo, se o polícia sabia que havia crianças em casa e que o alerta tinha sido dado, inclusive, por uma.

De acordo com os registos policiais, Aderrien ligou para as autoridades a pedir ajuda depois de a mãe lhe ter passado o telefone por estar com medo do pai de um dos seus filhos. Ao ser questionado se o homem estaria armado, o menino responde "não, acho que não".

Numa entrevista coletiva dada na semana passada, antes das imagens serem divulgadas publicamente, Nakala revelou que quando assistiu ao vídeo do filho a ser baleado sentiu-se "enojada, indignada e emocionalmente afetada", contudo, queria que as imagens fossem tornadas públicas para se fazer "justiça" pelo filho.

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