O chumbo abriu caminho à segunda etapa constitucional, na qual um grupo de pelo menos 46 deputados pode apresentar um novo candidato a primeiro-ministro. Donald Tusk foi de imediato indigitado para o cargo.
O presidente da República, Andrzej Duda, aceitara dar a oportunidade a Morawiecki, sob proposta do PiS, de formar novo executivo, após oito anos no poder.Ao fim de dois meses, apenas 190 deputados polacos votaram hoje a favor de Morawiecki, com a oposição a juntar-se em peso aos 248 votos já anteriormente garantidos pela aliança de governação de Tusk.
Espera-se que Tusk apresente a sua proposta de governo já esta terça-feira, iniciando um novo ciclo político após oito anos de governação contestatária a Bruxelas e nacionalista.
O seu futuro não se apresenta fácil, com o PO a ter de gerir a aliança com os parceiros da Terceira Via (democratas-cristãos) e da Nova Esquerda. Pelo caminho terá ainda de enfrentar eleições locais e europeias, em 2024, e presidenciais, em 2025.
Tusk terá ainda de enfrentar um PiS na oposição, cujo maior trunfo será o próprio presidente, eleito pelos conservadores. Andrzej Duda manteve o seu poder de veto, uma vez que a nova maioria parlamentar ficou aquém dos 60 por cento necessários para reverter decisões presidenciais.
Duda poderá ainda aproveitar para assumir a liderança da direita polaca.
com agências