Portugal emite 1.250 milhões e paga juro superior a 3%

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Portugal voltou a bater à porta dos mercados nesta quarta-feira com a emissão de Bilhetes do Tesouro (BT) com duas linhas de prazos diferentes: a seis e a doze meses. No total, o país conseguiu colocar 1.250 milhões de euros junto dos investidores, com os juros de ambas as emissões a superarem os 3%.

O IGCP, Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida do Pública, tinha definido a intenção de emitir entre 1.250 e 1.500 milhões de euros.

Na operação a seis meses – cujo prazo termina no próximo dia 22 de novembro – a procura foi 2,6 vezes superior à oferta, tendo o Estado colocado 500 milhões de euros a um juro de 3,6%, um valor semelhante à última emissão comparável que ocorreu em janeiro.

Para a linha de 12 meses, Portugal conseguiu colocar 750 milhões de euros, com um juro de 3,7% - que compara com os 3,4% da última emissão comparável de março. Também nesta operação a procura voltou a ser bastante superior à oferta (2,5 vezes).

Os juros destas operações devem continuar neste nível até à próxima reunião do Banco Central Europeu (BCE), que vai ocorrer no início de junho, de acordo com Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa.

“É quase certo que o Banco Central Europeu faça o seu primeiro corte de taxas de juro em junho, sendo que os prémios de risco da dívida soberana e das empresas neste momento já têm esse corte descontado, pelo que não se esperam grandes variações nas taxas até à reunião”, explica, numa nota.

E acrescenta: “Os dados económicos têm vindo a mostrar algum abrandamento das pressões inflacionistas, e as decisões do Banco Central da Zona Euro continuarão a depender dos dados e serão avaliadas reunião a reunião”.

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