Dados do NSC – Norwegian Seafood Council revelam que as 123 900 toneladas compradas por Portugal representam 36% do total exportado. No fórum sobre o bacalhau que decorreu em Lisboa, a ministra das Pescas e do Mar da Noruega, Cecilie Myrseth, destacou a importância das boas relações entre os dois países.
Em 2023, a exportação de bacalhau da Noruega para Portugal foi de 123 900 toneladas, o que representa 36% do total exportado. O número foi revelado esta quinta-feira no seminário “O Futuro do Bacalhau”, organizado pelo NSC – Norwegian Seafood Council que trouxe a Lisboa a ministra das Pescas e do Mar da Noruega, Cecilie Myrseth.
O debate recaiu sobre as tendências de consumo no mercado português e as perspetivas de crescimento do mesmo, o perfil dos consumidores de bacalhau em Portugal e as expetativas para a época do bacalhau em 2024.
Cecilie Myrseth enfatizou a importância das boas relações entre Portugal e a Noruega que, em parte, “nasceram desta preferência dos portugueses pelo bacalhau da Noruega”. Já Paulo Portas, antigo-vice-primeiro ministro, centrou o seu discurso na perspetiva económica global incidindo na realidade portuguesa e nos desafios que a atual conjuntura poderá trazer para o consumo de bacalhau nos próximos tempos.
“Tal como em 2023, a tendência para 2024 recaí sobre o consumo do bacalhau crescido dada a maior abundância desta categoria”, adianta o NSC em comunicado enviado às redações.
De lembrar que, no final do ano passado, o NSC tinha adiantado à Lusa que as exportações de bacalhau (inteiro) salgado e seco da Noruega para Portugal atingiram 17.915 toneladas, uma quebra de 15% face a 2022, mas o preço subiu 16%.
Por sua vez, as exportações de bacalhau salgado fixaram-se 17.836 toneladas, menos 4%, com o preço a crescer 24%, enquanto as exportações de bacalhau congelado recuaram 7% para 2.877 toneladas, sendo que o respetivo valor subiu também 24%.
Já as exportações de bacalhau fresco/refrigerado da Noruega para Portugal totalizaram 922 toneladas, o que se traduziu numa diminuição de 63%, mas o preço cresceu 30%.
No fórum desta quinta-feira foram ainda abordados dados acerca da temporada da pesca do bacalhau de 2024, nomeadamente, as quotas que registam uma diminuição de entre 20 e 25%, o que em termos de números se irá fixar nas 218 000 toneladas. Isto representa um desafio para os compradores que terão de fazer face à grande competitividade dada a menor disponibilidade da espécie.