“É obvio para a comunicação nacional, internacional e para todo o mundo que as eleições foram fraudulentas. Horas antes de fechar a votação Nicolas Maduro já cantava vitória. Avisar publicamente que lhe dão 50% dos votos quando ainda faltava [contar] 20% é um absurdo”, disse um dirigente da Venexos em entrevista à SIC Notícias.
Nicolás Maduro venceu as eleições na Venezuela com 51,20% dos votos e em entrevista à SIC Notícias, Cristian Hon da Associação Venexos considerou o resultado fraudulento. A Venexos um grupo de venezuelanos e luso-venezuelanos a viver em Portugal, alertou, através deste porta-voz, que muitos compatriotas poderão regressar como consequência do resultado das últimas eleições.
Segundo este responsável, tendo em conta o clima de grande tensão que se vive na Venezuela, “Portugal tem de se preparar porque vai regressar muita gente, muitas pessoas vai sair do país porque não vão estar mais quatro anos com este Governo”.
“É obvio para a comunicação nacional, internacional e para todo o mundo que as eleições foram fraudulentas. Horas antes de fechar a votação, Nicolas Maduro já cantava vitória. Avisar publicamente que lhe dão 50% dos votos quando ainda faltava [contar] 20% é um absurdo”, disse Cristian Hon.
O dirigente da Associação frisou que acompanhou o processo eleitoral e conhece as sondagens: “Todas as sondagens feitas por entidades creditadas dão 60 a 70% à oposição. Portanto, não faz sentido esta farsa e esta fraude”, referiu Hon, admitindo que na associação existia “este medo porque Nicolas Maduro “nunca vai querer deixar o poder”.
“Digo que hoje a democracia acordou de luto. Todo os países deviam lutar por isto. Onde estão as atas? Quem validou as atas? Onde estão os 20% dos votos que se perderam? Como se atribui a vitória quando nem todos os votos foram contados?”, questionou.
Cristian Hon sublinhou ainda que “quando contaram os votos não batia certo com a quantidade que pessoas que votaram”. “O que me parece foi que Nicolas Maduro disse coloquem 50% dos votos para não ficar muito mal e é o que eu preciso para ganhar”.
“É preciso esclarecer. Portugal já se pronunciou hoje e temos a agradecer muito como comunidade e esperamos que a Europa se possa pronunciar também”, destacou.
Nicolas Maduro obteve 5,15 milhões de votos, à frente do candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões (44,2%), de acordo com os números anunciados pelo presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Elvis Amoroso.
Logo após a divulgação do resultado, a oposição venezuelana reivindicou a vitória nas eleições presidenciais com 70% dos votos, rejeitando a vitória de Maduro.
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