Portugal tem mais de 400 mil trabalhadores imigrantes por conta de outrem

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De acordo com João Amador, do BdP, tem existido um crescimento muito significativo no número dos trabalhadores imigrantes por conta de outrem. No entanto, “a evolução não foi uniforme ao longo do tempo”, revelou no BdP Podcast.

Portugal empregava, em 2023, cerca de 495 mil trabalhadores imigrantes por conta de outrem. Este valor representa um crescimento face a 2014, onde o valor se situava nos 56 mil.

De acordo com João Amador, do Banco de Portugal (BdP), tem existido um crescimento muito significativo no número dos trabalhadores imigrantes por conta de outrem. No entanto, “a evolução não foi uniforme ao longo do tempo”, revelou no BdP Podcast.

Entre as nacionalidades mais presentes destes imigrantes, destacam-se a nacionalidade brasileira, que correspondia a 209 mil trabalhadores em 2023. “A indiana vai-se tornando importante, assim como a nepalesa e a cabo-verdiana”, salienta João Amador.

Segundo o estudo inserido no boletim económico, a mão de obra imigrante no sector da agricultura tem um peso de 40%, e a hotelaria e restauração empregam 31% de mão de obra imigrante.

Ana Catarina Pimenta, economista no BdP, refere que a distribuição geográfica destes trabalhadores imigrantes não é igual em todos os concelhos.” Em Odemira, em 2023, 76% dos trabalhadores eram de nacionalidade estrangeira”, sendo este o concelho com maior predominância de trabalhadores imigrantes. Segue-se Ferreira do Alentejo, com 49% e Cinfães com 37%.

“O interior do país é onde se registam menos trabalhadores imigrantes”, com Celorico da Beira, Vinhais e Castelo de Vide a rondarem os 2% de trabalhadores imigrantes.

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