Consultora comparou os programas de vários países e chegou à conclusão que o português é o melhor do mundo. Apesar das mudanças nos vistos gold e do fim do regime de residentes não-habituais o apetite de investidores estrangeiros por Portugal continua.
Apesar das alterações, Portugal continua a oferecer o melhor programa de vistos gold do mundo.
A conclusão é da consultora Henley & Partners, que realizou a um estudo a estes programas em vários países, segundo a “Bloomberg”.
Portugal atinge 75 pontos no ranking entre as 12 nações analisadas. Segue-se a Áustria e a Grécia empatadas no segundo lugar; Suíça; Itália e Reino Unido empatadas no quarto; Canadá e Espanha empatadas no quinto; Luxemburgo e Emirados Árabes Unidos no sexto; Singapura, e Austrália na última posição com 64 pontos.
A consultora analisou dez factores incluindo a qualidade de vida, tempo de processamento, tempo para obter autorizações de residência e custos totais.
“Portugal continua a oferecer os melhores vistos gold do mundo. A nação solarenga providencia uma elevada qualidade de vida, a preços sustentáveis, e um caminho claro para uma cidadania da União Europeia, de acordo com a consultora Henley & Partners, que examinou factores como tempo para a cidadania, impostos, custos e reputação”, escreve a “Bloomberg”, acrescentando que os vistos gold “continuam a prosperar”.
Apesar das mudanças impostas pelo Governo neste programa e do fim do regime de residentes não-habituais, a consultora sinaliza assim que o país continua a atrair investidores estrangeiros.
“Enfrentando uma crise de habitação que foi culpada, pelo menos em parte, em estrangeiros ricos, Portugal acabou com os incentivos fiscais para expatriados”, escreve a “Bloomberg” sobre o fim do regime de residentes não-habituais. No entanto, apesar disso, os conselheiros de fortunas dizem que o país continua a atrair investidores estrangeiros”.
“Os programas europeus de residência por investimento continuam a dominar as posições cimeiras dos muito procurados programas de investimentos no mundo”, segundo o CEO da consultora Juerg Steffen.
“Estes programas permitem a participação de algumas das principais economias mundiais e são uma forma de reduzir a exposição a volatilidades”, acrescentou.
Um recorde de 128 mil indivíduos com elevado rendimento vai mudar-se para um novo país em 2025. Os norte-americanos foram a principal nacionalidade a aplicar-se a um visto gold através desta consultora em 2023, e lideram o ranking este ano, de acordo com a Henley&Partners.
Outros países como a Hungria e os Emirados Árabes Unidos lançaram recentemente as suas próprias políticas de atribuir autorizações de residência em troca de investimento.
O Governo terminou com o regime anterior de vistos gold com a justificação do impacto destes investidores na subida dos preços da habitação, com a larga maioria das autorizações de residência a serem concedidas através da compra de imóveis. Desta forma, decidiu terminar com a transferência de capitais no montante igual ou superior a 1,5 milhões de euros e para investimento por via da aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros. No entanto, mantêm-se várias modalidades: criação de, pelo menos 10 postos de trabalho; transferência de 500 mil euros para atividades de pesquisa científica; transferência de 250 mil euros para produção artística ou manutenção do património nacional; transferência de capitais de 500 mil euros para subscrição de unidades de participação em fundos de investimento mobiliários; transferência de 500 mil euros para criação de empresa local, ou investimento em empresa já existente, com criação ou manutenção de cinco postos de trabalho durante um período mínimo de três anos.
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