Português pago para matar espanhol vai a julgamento no dia 4 de março

8 meses atrás 51

O português acusado de matar a tiros um morador de Palma del Río, em Córdoba, Espanha, no dia 3 de julho de 2019, vai agora a julgamento, no dia 4 de março.

A vítima, de nacionalidade espanhola, tinha 40 anos e foi morta a tiro, quando conduzia rumo a casa, na A-431, entre os municípios de Palma del Río e Posadas, na companhia de um amigo.

Quatro meses depois do homicídio, em novembro de 2019, recorda o Diario de Córdoba, o suspeito, que tinha na altura também 40 anos, foi detido em Portugal, mais precisamente na Guarda, durante uma operação conjunta da Guardia Civil espanhola e da Polícia Judiciária (PJ).

Na altura, ficou-se a saber que o arguido tinha já um mandado de captura pela prática de um homicídio na forma tentada em Portugal.

O Ministério Público (MP) espanhol pede agora uma pena de prisão de 27 anos para o português, não só pelo crime de homicídio como de posse ilegal de armas.

De acordo com os procuradores, o português recebeu "de uma pessoa não totalmente identificada a ordem de pôr fim à vida" da vítima "em troca de um pagamento ou recompensa", por isso terá viajado de Portugal a Palma del Río com o único objetivo de matar.

Sorriu para a vítima antes de a atingir a tiro (várias vezes)

Na altura do crime, lembra ainda o Diario de Córdoba, o português esperou pela vítima numa curva onde sabia que esta passava todos os dias.

Ao deparar-se com um veículo parado na estrada, o espanhol parou o carro e o arguido abriu a porta da sua viatura. Sem sair dela, olhou sorridente para os ocupantes. 

Quando a vítima tentou voltar a arrancar, o português saiu da sua viatura com a arma nas mãos, dirigiu-se para a frente do outro carro e disparou duas vezes, atingindo o espanhol do lado direito. Posteriormente, dirigiu-se para a porta do motorista e disparou mais tiros, atingindo-o, desta vez, no lado esquerdo.

O amigo da vítima conseguiu escapar, escondendo-se entre as laranjeiras, plantadas à beira da estrada.

Antes de abandonar o local, o alegado assassino ainda verificou se os ferimentos eram suficientes para causar a morte.

De seguida, a testemunha do crime voltou ao carro e conduziu até ao centro de saúde mais próximo, com o amigo no banco traseiro, "em agonia".

Poucos minutos depois de ter dado entrada estabelecimento hospitalar, o homem morreu.

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