Portugueses da Bright Pixel lideram investimento de 12 milhões na israelita Tamnoon

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Antiga Sonae IM tem nova participada: uma empresa de Washington que se chama “polvo” em hebraico por fazer negócio com os vários “braços” da indústria da cibersegurança, nomeadamente a gestão de descoberta de ameaças e resposta.

A sociedade de capital de risco portuguesa Bright Pixel – antiga Sonae IM – liderou a ronda de investimento série A, no valor de 12 milhões de dólares (cerca de 11 milhões de euros), da startup de cibersegurança israelita Tamnoon, uma empresa com um serviço híbrido de remediação da segurança na cloud gerido por Inteligência Artificial (IA) e por humanos.

O financiamento contou ainda com a participação dos investidores Blu Ventures, Mindset Ventures, MerlinVentures, Secret Chord Ventures, Inner Loop Capital e Elron Ventures, que elevaram o financiamento da tecnológica para mais de 18 milhões de dólares (16 milhões de euros).

“Como um dos investidores pioneiros no espaço de Managed Detection and Response (MDR), vemos a Tamnoon a transformar a segurança na cloud da mesma forma que a MDR revolucionou o Security Operations Center (SOC). Ao integrar IA com supervisão humana especializada, a Tamnoon garante que as remediações sejam eficientes e minimizem o risco de interromper os ambientes de produção”, considera o diretor de Investimentos da Bright Pixel.

Segundo Marcos de Castro Osório, à medida que “os fluxos de trabalho se deslocam para a cloud e a infraestrutura se torna mais complexa, a visibilidade das superfícies de ataque e respetivos incidentes, sobrecarrega as equipas com ruído”, portanto Tamnoon simplificar a priorização e a remediação.

Não é ao acaso que a Tamnoon, que se chama “polvo em hebraico, trabalha com várias organizações na América do Norte que operam nos sectores dos seguros, entretenimento, cuidados de saúde e retalho. Com este reforço de capital, vai acelerar desenvolvimento de produto e assinar mais parcerias.

“Nem as abordagens de remediação da cloud totalmente automatizadas nem as 100% orientadas pelo ser humano conseguem por si só resolver a complexidade dos programas de gestão da postura de segurança da cloud. A ideia de confiar inteiramente na automatização da remediação não é viável e é arriscado aplicá-la em ambientes de produção sem supervisão humana”, explica a cofundadora e CEO da Tamnoon, Marina Segal.

A empresa destaca as previsões da Gartner de que as despesas com segurança na cloud vão aumentar 24% em 2024. Logo, torna-se mais necessário dimensionar os processos de segurança, acelerar o tempo médio de resolução (MTTR) dos alertas e diminuir a exposição a ataques.

Fundada em 2022 pelos empreendedores Idan Perez, Marina Segal e Zohar Alon, a Tamnoon tem sede na cidade de Sammamish, no estado de Washington. A tecnologia que desenvolveu permite, alegadamente, reduzir em 90% a exposição crítica ameaças na ‘nuvem’ nos primeiros 90 dias de serviço, investindo só 10% dos recursos que são normalmente necessários recorrendo a serviços tradicionais neste setor.

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