PPP na saúde devem “aumentar nos próximos tempos”

3 meses atrás 53

Diretor do centro de estudos aplicados- CEA e professor catedrático, Ricardo Reis, justifica a opinião com o facto de não haver “capacidade pública para isto tudo”.

Ricardo Reis, diretor do centro de estudos aplicados- CEA, referiu, no evento do Cascais International Health Forum, que a “necessidade para as parcerias público-privadas (PPP) aparecem e tenho a sensação de que vão aumentar nos próximos tempos”.

Na opinião do professor catedrático, a necessidade para estas parcerias vai aumentar porque “não há capacidade pública para isto tudo”. Segundo explicou Ricardo Reis, estas parcerias realizam-se por três motivos: “falta de capacidade por parte do sector público, capacidade de organização e partilha de risco”.

No que toca à capacidade de organização, os hospitais privados têm uma capacidade de contratação não tão “rígida” como os públicos, o que facilita a resolução de alguns problemas do sector. “Caso se resolva este problema no público num espaço de tempo realista, que me parece pouco provável”, não são necessárias as PPP. Contudo, e perante o atual cenário, o professor catedrático revela que “é necessário resolver o problema pelo lado privado”.

“Há uma vergonha em Portugal com as PPP que tem de deixar de haver”, refere Ricardo Reis, sublinhando que o objetivo 17º. dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável(ODS) é a criação de PPP para a implementação dos objetivos. “Está no programa de desenvolvimento das Nações Unidas o desenvolvimento de PPP na saúde. Não cumprir com isso é não cumprir com a agenda”, acrescenta.

Segundo Ricardo Reis, a maior critica a este tipo de parceria é a flexibilidade dos contratos. Todavia, esta flexibilidade é uma necessidade para a gestão de risco. No que toca à área da saúde, é a “evolução terapêutica que faz com que os contratos sejam flexíveis”.

Ler artigo completo