PR de Timor-Leste defende polícia bem treinada para garantir combate ao crime

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O Presidente de Timor-Leste defendeu hoje que a polícia timorense deve estar bem treinada para prevenir a criminalidade, mas também para garantir um "atendimento próximo" de cidadãos e visitantes do país.

"É imperativo que tenhamos polícias bem treinados, conhecedores das leis e regulamentos, conscientes das necessidades dos cidadãos e atentos aos riscos e às potenciais ameaças à ordem e à segurança pública", afirmou José Ramos-Horta.

O chefe de Estado discursava, em tétum, na cerimónia do 24.º aniversário da criação da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), nas instalações da Unidade Especial da Polícia.

"Devemos ser capazes de prevenir atos irregulares, garantir a segurança rodoviária, comunitária e nas fronteiras, combater a criminalidade comum ou organizada, sempre respeitando os direitos e liberdade fundamentais. Um atendimento próximo e exemplar para os nossos cidadãos e visitantes é essencial", defendeu o Presidente timorense.

Para o chefe de Estado, todos os agentes da polícia têm de "estar cientes das dificuldades e desafios, mas também capacitados para vencer obstáculos, adotando medidas inovadoras e tecnologicamente avançadas, recorrendo sempre que necessário aos parceiros de desenvolvimento".

Ao agradecer aos parceiros, que têm apoiado o desenvolvimento das forças segurança, José Ramos-Horta destacou o programa financiado pela Austrália.

"Nos últimos anos, o Programa de Desenvolvimento da Polícia de Timor-Leste tem sido um parceiro fundamental em assistência estratégica e orçamental, apoio técnico e formação para as diversas unidades, serviços e departamentos", salientou, no discurso em português distribuído à imprensa.

O Presidente timorense destacou também a "parceria estabelecida com a Indonésia", com que o país partilha fronteiras "aéreas, marítimas e terrestres".

"Uma cooperação extremamente profícua com resultados práticos na prevenção e desarticulação de tentativas de infiltração de redes criminosas de estupefacientes e outros crimes associados com o contrabando de pessoas e bens, tráfico humano ou tráfico de armas", disse.

José Ramos-Horta pediu também à PNTL para "implementar mais medidas e mecanismo que promovam ativamente o empoderamento feminino nas forças e serviços de segurança", lembrando que as mulheres representam metade da população mundial e do país.

"Devemos adotar medidas que facilitem o acesso das mulheres a promoções e a cargos de liderança. Somente assim estaremos pavimentando o caminho para o dia em que teremos uma mulher ocupando um cargo de alto escalão no Comando-Geral da PNTL", disse.

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