PR moçambicano destaca em Seul potencialidades para atrair investimento sul-coreano

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O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou hoje, em Seul, para o investimento da Coreia do Sul no país, assinalando as potencialidades moçambicanas em áreas como agricultura, mineração, gás ou energia, entre outras.

"A nossa afirmação encontra como sustentação o facto de Moçambique ser um dos países africanos com significativas potencialidades económicas e recursos abundantes, tais como terras aráveis, o clima propício para culturas alimentares diversas, recursos minerais marinhos para além do gás natural e outras energias renováveis", disse Nyusi, ao intervir na cimeira Coreia África.

"Nesta caminhada para o desenvolvimento económico, o setor privado e empresarial desempenha um papel crucial mediante iniciativas em várias áreas da economia. Para Moçambique ressaltam as áreas da agricultura, indústria transformadora, mineração, energia, turismo, setor de serviços como logística, banca e seguros, tecnologias digitais e da informação e comunicação e outros", acrescentou.

Na mesma intervenção, numa cimeira que reúne na capital sul-coreana dezenas de chefes de Estado e de Governo de países africanos, Nyusi destacou "o desafio" de "compreender e abraçar o crescimento económico, sustentabilidade e solidariedade como essenciais para forjar um caminho viável e próspero para as gerações futuras".

"O crescimento económico é vital para o desenvolvimento de qualquer sociedade. Este impulsiona a criação de empregos, aumenta a renda e melhora a qualidade de vida das pessoas, promove a prosperidade e não permita deixar ninguém para trás", apontou.

Acrescentou que o "crescimento económico" desejado por Moçambique "passa por práticas de desenvolvimento equilibrado e políticas protetoras do meio ambiente e favoráveis à eficiência energética que reduzam o desperdício e fomentem o uso responsável dos recursos naturais da nossa cooperação para o desenvolvimento".

Lembrou que "a solidariedade" é o foco da cimeira "por ser fundamental para construir um futuro mais justo e inclusivo" e porque "implica reconhecer a interligação de todos os seres humanos, agir de forma colaborativa e com compaixão para enfrentar desafios globais", como "a pobreza, as pandemias, a desigualdade e as mudanças climáticas, entre outros".

E acrescentou: "Solidariedade implica trabalharmos juntos".

"Reconhecemos as vantagens comparativas da República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] decorrentes da sua capacidade financeira, tecnologia industrial e empresarial, o que poderá contribuir para a aceleração do crescimento", sublinhou ainda.

"A mensagem que pretendemos deixar nesta cimeira é a necessidade de promoção de investimentos e parcerias mutuamente vantajosas em que todos saiamos a ganhar", disse, assumindo que a República da Coreia "integra o grupo de países parceiros estratégicos de Moçambique na aceleração do desenvolvimento económico e social sustentável desde 2013".

"Por isso, mais uma vez convidamos aos empresários coreanos e outros do nosso continente a abraçar iniciativas de negócio e investimentos nas áreas em que o Moçambique oferece", concluiu.

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