A Argentina vive a sua pior crise económica em décadas, com o novo governo de Javier Milei a tentar conter a inflação de três dígitos com medidas de austeridade severa.
As medidas impulsionam as finanças do Estado, mas também pressionam a população que, para sobreviver, se vê obrigada a procurar comida já descartada.
Sandra Boluch, vendedora de frutas e verduras em Buenos Aires, em declarações à Reuters, diz estar a observar uma tendência preocupante à medida que a inflação na Argentina atinge mais de 250%.
As vendas estão em queda e mais pessoas aproveitam o que ela deita fora, na esperança de encontrar o suficiente para uma refeição.
Um estudo do mês passado sugeriu que a pobreza na Argentina estava próxima de 60% - em comparação com os 40% do ano anterior -, pressionando os planos de reforma e os cortes de gastos de Milei para que apresentem resultados rápidos, uma vez que a raiva ferve em todo o país e as pessoas apertam o cinto para tentar sobreviver.
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