“Preços devem disparar mais de 10%”. Espanha analisa fim do IVA zero em Portugal

9 meses atrás 135

Com o fim desta medida, estimam os espanhóis que o custo da cesta básica de compras possa subir 20 euros, até aos 250 euros, o preço mais elevado alguma vez registado desde que existe a medição deste indicador.

O fim da medida de IVA zero em Portugal tem sido alvo de análise em Espanha com a imprensa económica do “país-vizinho” os possíveis impactos para a carteira dos consumidores.

O “El Economista” destaca que o final da medida de IVA zero em Portugal, que compreendia a suspensão do IVA em 46 produtos da cesta básica de alimentos, e que esteve em vigor durante oito meses (até 4 de janeiro deste ano) poderá fazer com que os preços dos produtos disparem mais de 10%.

Com o fim desta medida, estimam os espanhóis que o custo da cesta básica de compras possa subir 20 euros, até aos 250 euros, o preço mais elevado alguma vez registado desde que existe a medição deste indicador. A juntar a essa subida, é de prever que o azeite deva encarecer 15% este mês.

Explica os espanhóis que a medida foi importante para que Portugal fechasse 2023 com uma taxa de 1,4% abaixo da média da União Europeia e também abaixo dos níveis de inflação registados em Espanha.

Fim do IVA zero leva a aumento dos preços

O iogurte líquido, o óleo alimentar e o atum posta em azeite foram os produtos que mais encareceram em quatro dias desde o fim do regime de IVA zero, de acordo com estimativa da DECO Proteste. De acordo com a organização de defesa do consumidor, os preços dos 41 produtos essenciais que faziam parte do cabaz alimentar essencial aumentaram acima dos 6% em 14 produtos.

Explica a DECO que entre os dias 4 e 8 de janeiro o aumento médio dos 41 produtos foi de 5,29%, totalizando 7,51 euros e elevando o custo médio do cabaz de 141,97 euros para 149,48 euros, respetivamente.

Com o fim da isenção, os produtos retornaram à taxa de 6% de IVA, exceto o óleo alimentar, que passou para a taxa de 13%, contra a anterior de 23%, explica a DECO.

A DECO Proteste considera que os retalhistas aumentaram os preços abaixo dos 6% em mais de 21 produtos, sendo que “poderá ter havido uma tentativa de mitigação do impacto imediato da reintrodução do IVA através de promoções em produtos abrangidos pela isenção.

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